“O que nos inspira? Quem nos inspira? O que serve
de inspiração em um mundo que às vezes parece pouco inspirador e tão
contraditório? Um mundo mega conectado, mas ao mesmo tempo dividido. Um mundo
compartilhado, porém individualista e egoísta. Um mundo com cada vez mais
acesso a informação, mais ainda desinformado e intolerante”.
O
Especial Inspiração
emocionou quem assistiu ao Caldeirão do
Huck do ultimo sábado, 01 de abril. A iniciativa da TV Globo em
parceria com curadores de diversas
áreas, homenageou cinco
brasileiros inspiradores que de alguma forma atuam para a
transformação positiva da sociedade.
Rodeado
por famosos em um programa de gala, Luciano Huck comandou o
Especial emocionante ao lado dos padrinhos Glória Maria, Marcos Palmeira,
Padre Fábio de Melo,
Tony Ramos e Muhammad Yunus -
que participou por videoconferência. Cada um deles apadrinhou um dos
homenageados.
E um dos
05 (cinco) homenageados, fontes de inspiração por um melhor, mais justo e
igualitário, foi o líder indígena Bênki Piyãko – da tribo Ashaninka do Rio Amônia
de Marechal Thaumaturgo.
O líder indígena
Thaumaturguense foi apresentado pelo ator Marcos Palmeiras, que já esteve no município
de Marechal Thaumaturgo– aldeia Apiwtxa (Ashaninka) gravando um documentário.
Ao
apresentar Bênki Piyãko, Marcos Palmeira disse: “Eu me inspiro e me espelho nos índios brasileiros. Eles me ensinam a
entender como é importante respeitar a natureza e conviver com ela em
equilíbrio. Eu acho que é uma coisa que constrói um pouco a minha estrada
hoje”.
Bênki
Piyãko
Benki Piyãko, nascido 24 de fevereiro de 1974 na região do Cruzeiro do Sul – Acre é um indígena,
representante político e xamânico, do povo dos Ashaninkas,
localizado no Acre, na fronteira entre Brasil e Peru – Município de
Marechal Thaumaturgo.
Benki
possui uma longa trajetória de defesa à preservação de aldeias e de combate à
exploração predatória das terras. Agente agroflorestal e responsável pelo
plantio de 10 milhões de árvores, trabalha ainda na recuperação de comunidades
perto da fronteira do Peru e procura disseminar técnicas a essas comunidades
que ajudem a preservar o meio ambiente.
Atividades
Benki Piyãko é líder das comunidades indígenas do Acre e, além de defender
a preservação de aldeias também combate a exploração predatória das terras.
Procura disseminar técnicas às comunidades, que ajudem a preservar o meio
ambiente. É também agente agro florestal e vice-presidente da organização Ashanika, onde é responsável pelo de
manejo de recursos naturais. Também tem atividade como músico.
Homenagens e Premiações
Dia 10 de dezembro de 2013, no dia
Internacional dos Direitos Humanos, foi-lhe atribuído o Prêmio dos
Direitos Humanos (Menschenrechtspreis, em alemão)
da cidade de Weimar,
pelo seus esforços no convívio pacífico entre os Índios-Ashaninka e seus
vizinhos “brancos”. A escolha do ganhador se deu a partir de uma recomendação
da Sociedade
para Povos Ameaçados (Gesellschaft für bedrohte Völker, em alemão).
Recebeu também o Prêmio
Nacional de Direitos Humanos 2004. Este, por promover direitos
humanos do povo Ashaninka e por divulgar a luta dos territórios
indígenas e soberania do Brasil (a Comunidade Apiwtxa, do povo
Ashaninka sofre invasões de madeireiras peruanas). Contemplado pelo Prêmio-E,
em junho de 2012. O prêmio foi uma iniciativa da Unesco,
do Instituto-E e da Prefeitura do Rio de Janeiro, objetivando reconhecer
iniciativas de desenvolvimento sustentável.
Por: Cleudon França.
Registro Fotográfico: Site
Gshow e Arquivo Pessoal Cleudon França.
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