terça-feira, 31 de outubro de 2017

Comunidade Alegria: Um Encontro Com a Infância no Seringal, Com o Banho de Rio, Com o Futebol no Final da Tarde, Com Um Quintal Florido... Um Encontro Com a Felicidade!

“No sentar do sol, perdido na imensidão dos pensamentos, encontros trilhas, percorro meu duro caminhar. Caio! Levanto! Ando! Certo de chegar à próxima clareira, onde o sol da esperança brilha sem cessar”.
Casa do Sr. Elimar e Dona Luiza
Estive no ultimo final de semana, em viagem a Comunidade Alegria no alto Rio Tejo, acompanhando o Prefeito Isaac Piyãko junto de sua equipe (secretários municipais e demais colaboradores) levando e inaugurando benfeitorias (as verdadeiras politicas publicas) para a então comunidade.
Pude acompanhar de perto o tamanho da alegria e felicidade dos moradores locais em receber do Executivo Municipal benfeitorias que há tempo eram reivindicadas, mas que nunca passavam de promessas.
Porém, o que mais me chamou atenção foi à simplicidade e o acolhimento dos moradores da então comunidade – distante cerca de 04h30min da sede do município, em especial do Sr. Elimar, Dona Luiz e seus filhos, Sr. Pequeno... Éramos como se fôssemos da família! Um acolhimento e receptividade que poucas vezes vi em tantos anos de andanças por todo interior do município de Marechal Thaumaturgo.
Senti-me em casa, aos cuidados de minha doce mãe, com suas deliciosas comidas. Voltei a minha infância no seringal, o banho de rio, o futebol no final da tarde, a saborosa comida de caça, o convívio com animais silvestres criados como animais domésticos... Voltei sentir a felicidade em sua essência, pura, simples e verdadeira! Felicidade que muitas vezes ignoramos tendo em visa a correria do dia-a-dia, das preocupações e compromissos diários em trabalhar e trabalhar hoje, para ser feliz amanhã!
Nostálgicas e doces lembranças da vida no seringal... Da casinha de palha, do terreno cercado flores, das arvores frutíferas, da comida farta, das frutas colhidas diretas do pé ou do roçado... Do café da manhã com produtos totalmente da roça: beju, batata doce, mingau de banana, e de tantos outros.
Foi uma verdadeira viagem ao passado. Eu que nasci no interior, longe da eletricidade de seus artefatos, olhando as estrelas, o ciclo das águas, o ciclo dos sonhos... Pescando, trabalhando em roçado... Foi de fato um momento especial e único voltar a reviver tudo o que me transformou no que sou e no que ainda quero ser, nos sonhos que tenho, nas minhas inspirações e coragem para seguir em frente lutando pelo que acredito e pelos sonhos que ainda tenho.
Muito grato pelo lugar (comunidade alegria) que me fez reencontrar com a minha infância no seringal, com o banho de rio, com o futebol no final da tarde, com um quintal florido... Que me fez recontar com a felicidade!

Segue Abaixo o Registro de Minha Viagem a Comunidade Alegria no Alto Tejo, em Especial da Casa do Sr. Casa Elimar e Dona Luiza:
















































Texto e Fotos: Cleudon França.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Se o Tempo Voltasse

“Quem nunca mudou com o tempo? Aos poucos você vai deixando de ouvir certas músicas, de usar certas roupas, de falar com certas pessoas. Mudar faz parte do ciclo da vida, embora a essencia seja sempre a mesma. Quando encontrar um obstaculo grande na vida, não desanime ao passar, pois com o tempo ele se tornará pequeno. Não por que diminuiu, mas por que você cersceu”.
 
O Tempo...
Existe um ditado que diz: “O que não tem remédio, remediado está”. Essa frase serve tanto pra gente se conformar com a realidade (que nem sempre é a que desejamos) quanto para entendermos que o tempo não volta, que o que aconteceu não deixará de acontecer, e que arrependimentos ajudam a construir uma existência mais certeira daqui pra frente.
Alguns acontecimentos nos colocam em xeque mate, e enquanto puxamos o freio de mão da vida que corre acelerada, é possível que questionemos o destino final com o descuido próprio dos viajantes sem direção.
De vez em quando revemos nossas vidas e paramos para pensar nas escolhas que fizemos até o momento. Fica sempre a pergunta: Se o tempo voltasse, eu faria outras escolhas? Teria tomado outro caminho? Ou será que “não somos donos, mas simples convidados”? _ Como disse Mia Couto?
Será que os desfechos de nossas histórias almejam um destino pré traçado, ou são escritos conforme a caligrafia das escolhas que fazemos e que poderíamos não ter feito?
O que sei é que só podemos nos arrepender do amor que não demos, de que forma for. E mesmo lamentando uma situação presente, ela também é fruto da imperfeição dos dias, e não somente de escolhas mal feitas.
De vez em quando somos tentados a achar que se o tempo voltasse estaríamos mais felizes e realizados. Mas será que teríamos adquirido a sabedoria que temos hoje sem errar? Sem tropeçar nesse terreno arenoso e improvável que é a vida? Tombos e deslizes fazem parte do processo, aprender a levantar e seguir adiante tentando superar as cicatrizes, também. Lamentar o desfecho de nossas escolhas nos tira do papel de protagonistas de nossa própria história, e nos arremessa a um lugar secundário, como co-autores da vida que representamos.
Amadurecer é tomar as rédeas da própria existência; é ser protagonista dos bons e maus momentos, acreditando firmemente que, já que o tempo não volta, só podemos construir uma existência de paz aprendendo a lidar com o que temos pra hoje.
Por mais doloroso que seja o presente, ele é o nosso fato concreto. E aceitá-lo sem dívidas é a melhor maneira de nos sentirmos realizados. Sem pensar na possibilidade de sermos mais felizes em outro lugar senão no nosso. Sem cogitar a esperança de dias melhores a partir de um passado que não tem mais volta. Sem imaginar nossa vida com outros perfumes senão o aroma do presente.
É comum pensarmos “nessa altura da vida”… “Se o tempo voltasse, eu teria seguido por esse caminho, mas o tempo passou e eu não fiz o que queria ter feito…” Desconhecemos a lógica de que o presente está mais perto do que imaginamos, ao alcance de nossas mãos. E é só com ele que podemos contar.
Se o tempo voltasse, talvez me machucasse menos. Mas minha falta de cicatrizes não ajudaria a valorizar o momento presente com sabedoria, entendendo que só depois de sermos derrubados, podemos descobrir de fato que fomos ensinados…
A Todos os Amigos e Leitores Ótimo Final de Semana!


BY CLEUDON FRANÇA.

POSTAGEM EM DESTAQUE

DO SERINGAL MINAS GERAIS À BELA CIDADE DE MARECHAL THAUMATURGO.

“O Tempo Nos Trouxe o Progresso: O Saudoso Seringal Minas Gerais é Agora, a Bela Cidade de Marechal Thaumaturgo”!   Marechal Thaumatur...

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