quinta-feira, 22 de junho de 2017

ALDEIA APIWTXA INICIA HOJE UMA DAS MAIS BELAS FESTAS CULTURAIS DO ESTADO.

“Uma festa de cores, musicas e alegria! Uma data para celebrar as conquistas de direitos e de território de um povo que é modelo de organização e resistência”!

 
25º Aniversário de Demarcação das Terras Ashaninkas do Rio Amônia
Os Ashaninkas não são um simples objeto da história ocidental... É um povo orgulhoso de sua cultura, movido por um sentimento agudo de liberdade, prontos a morrer para defender seu território e pelo acreditam, e é isso que se vê anualmente em umas das mais belas festas Culturais do Estado: A Festa do Aniversário da Demarcação de Terra Apiwtxa dos Ashaninkas do Rio Amônia.
A grande festa costuma recebe indígenas de todas as etnias indígenas do munícipio, muitas vezes do estado e até fora dele, e, também de outros países – como na edição atual que já se encontra nas terras baixas do Rio Amônia – aldeia Apiwtxa uma comitiva de Índios Ashaninkas da Nacionalidade vizinha – Peru.
Também têm marcado presença nas ultimas edições da festa europeus e americanos – em maior parte estudiosos, cientistas, ambientalistas e artistas que acompanham o trabalho desenvolvidos pelos Ashaninkas de Marechal Thaumaturgo.
O grandioso evento costuma se estender por cerca de 05 (cinco) dias ou até mesmo uma semana, e, engloba diversas atividades, tais como: Torneios de Futebol (para publico masculino, feminino e infantil), Torneio de Flecha, Cabo de Guerra, Corridas, dentre muitas outras.
A festa da piyarentsi (Caiçuma) e o ritual da ayuaska chamado kamarãpi,   costumam serem o ponto forte da celebração.
O ritual da ayuaska chamado kamarãpi acontece nos primeiros dias de festa e é sempre realizada à noite e pode se prolongar até de madrugada. O kamarãpi se caracteriza pelo respeito e silêncio e contrasta fortemente com a animação festiva do ritual piyarentsi. A comunicação entre os participantes é mínima e apenas os cantos, inspirados pela bebida, vêm romper o silêncio da noite. Contrariamente ao piyarentsi, esses cantos sagrados do kamarãpi não são acompanhados por nenhum instrumento musical. Eles permitem aos Ashaninka comunicarem-se com os espíritos, agradecerem e homenagearem Pawa.
Já a Festa da piyarentsi (Caiçuma) acontece ao longo de 02 a 03 dias e costuma encerrar os dias de celebração; aonde embriagar-se nessa ocasião é sempre um objetivo e motivo de orgulho... (...) Fazem o piyarentsi para homenagear Pawa, que se alegra vendo os seus filhos felizes.
É uma grande festa, de fortes demonstrações culturais e tradicionais... Uma festa de celebração da vida, sem distinção de “brancos” e “não brancos”, de raça, de etnia... Uma festa de agradecimento por tudo que da sentido a existência humana na terra.





POR: CLEUDON FRANÇA.

REGISTRO FOTOGRÁFICO: ARQUIVO PESSOAL CLEUDON FRANÇA.

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