“Ela
está logo ali, te esperando do outro lado da porta. Só precisa se esforçar um
pouquinho para encontrar a chave, que talvez esteja escondidinha naquela gaveta
que você nem lembra mais”.
O MEU LUGAR E A FELICIDADE... |
Chegamos
ao ultimo Artigo (um artigo extra na verdade) da série “Thaumaturgo: Bela Por
Natureza e Por Obra de Deus”; a qual mostra as belezas de nossa querida
municipalidade através de fotografias e crônicas.
Esse
ultimo artigo da referida série traz uma beleza que não pode ser vista; somente
sentida... A felicidade! Aqui ela encontra sua essência, seu reino, sua
morada... Aqui ela é mãe, é esperança, é uma eterna descoberta!
MARECHAL THAUMATURGO: MEU LUGAR...MINHA
FELICIDADE!
O que o meu lugar me ensina sobre felicidade?
Como explicar às pessoas que a felicidade encontrada aqui,
nesse recanto de Acre e de Brasil nada tem a ver com dinheiro, consumo, um
apartamento espaçoso, um carro zero quilômetro, rodovias com asfaltos de
qualidade, boas escolas ou baixo índice de violência?
O primeiro passo é aprender que ser simples não é ser pobre.
Não é a primeira lição, mas talvez seja a mais importante delas para que possamos
adotar uma concepção de vida, a qual nos torna uma peça da engrenagem:
trabalhar – ganhar dinheiro – juntar dinheiro – pagar contas – comprar um
apartamento – comprar outro maior – se endividar – trocar de carro – se
endividar de novo.
Mas como ser feliz, se muitos nos consideram pobres? Não,
pelo contrário, não somos pobres. Somos ricos! Uma riqueza que não é provinda
de bens materiais, mas de bens naturais... Um riqueza de sentimentos puros e humanos!
A minha opinião não é uma voz dissonante desse recanto tão querido e amado de Brasil... A mesma opinião é compartilhada por muitos ribeirinhos,
índios e extrativistas que nesse abençoado pedaço de terra vivem! Não! Não somos pobres... somos ricos
e em grande parte felizes!
Aqui não dividimos só o que sobra, mas
tudo o que se tem. Nem que o tudo seja nada, ou quase nada. Pequenos atos que
mostram a grandiosidade da generosidade. Ou da solidariedade. Podem escolher.
Diferente dos grandes centros, onde as relações costumam ser
funcionais, com almoços regados a networkings, cafés repletos de debates com as
metas a serem atingidas e jantares para fechar negócios, redescobrimos aqui o
impagável preço das relações afetivas, onde damos sem esperar nada em troca e
recebemos sem nem mesmo saber o porquê.
Longe dos shoppings, vitrines e supermercados com corredores
intermináveis, vivemos o que a maioria de nós talvez tenha perdido: o instinto
primitivo. Em muitas comunidades ou aldeias, o dinheiro pode não valer nada.
Viver nessas terras – parte de nossa imensa Amazônia é
descobrir que há vida fora do sistema que nos foi imposto e que há espaço para
ser somente o que se é, sem aparências ou penduricalhos fajutos de estima, e
isso nos traz felicidade. Talvez haja mais coisas entre a plenitude e a
felicidade do que imagina a nossa vã filosofia.
Não estou aqui para impor um modelo de felicidade, pois isso
não existe e cada um sabe a sua maneira de encontrá-la. Descubra a sua. E não
tenha medo. Ela está logo ali, te esperando do outro lado da porta. Só precisa
se esforçar um pouquinho para encontrar a chave, que talvez esteja escondidinha
naquela gaveta que você nem lembra mais.
Segue
abaixo um registro fotográfico de Alionnes Rodrigues com as turmas de Pedagogia
do PARFOR – fotos que retratam a vida cotidiana dos Brasileiros desse recanto de Brasil... Tão querido e amado pelos seus...
Por: Cleudon França (Texto Original Maria Fernanda Ribeiro).
Registro Fotográfico: Alionnes Rodrigues.
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