“Se solte das
âncoras que te prendem. E se agarre aos balões que permitem te fazer voar bem
alto”.
O tempo...!
|
Segunda-feira,
mais uma semana que se inicia com a graça do bom Pai do céu. Dia de refletirmos
sobre o tempo e a felicidade... Como estamos conduzidos os dois em nossa vida? Estamos
vivendo para ser feliz? Estamos dando valor ao tempo que temos com a nossa
família e amigos?
É hora de
refletimos sobre o comércio que estamos fazendo do nosso tempo e a tentativa elusiva
de comprar a felicidade...
O
comércio do tempo que torna o ser humano descartável precisa parar. Compramos
presentes para substituir ausências, pagamos jantares, viagens caras,
cirurgias, com o intuito de justificar a falta de desfrutar da felicidade real.
Deixamos os momentos felizes para trás, na esperança de comprar uma super
felicidade no cartão de crédito sem limites.
Vivemos em um mundo acelerado. Somos
cobrados todos os dias a toda hora. Devemos fazer alguma faculdade, aquela pós,
conseguir aquele emprego pra ontem, buscar alguma vida social pelo caminho,
correr, correr, correr!
Somos aplaudidos pelas conquistas. Admirados
pelas vitórias. As horas do dia são curtas e devoradas por nossos afazeres.
Trabalhamos oito horas por dia, fazemos faculdade a noite, curso de línguas nos
fins de semana… ufa! Assim pensamos que os anos estão se tornando cada vez mais
curtos, os dias passam mais rápido, o relógio é um recordista insaciável,
faminto, para levar de nós o tempo.
Quando desaceleramos um pouco, em algum
feriado sem trabalho, sem curso, sem faculdade, sentimos a adrenalina baixar um
pouco. Há algo especial no ar, o relógio é menos consultado, as preocupações
são diminuídas. Curtimos nossos parceiros, filhos, amigos. Sorrimos, brincamos,
recordamos.
Nosso coração lamenta amargamente o final da
tão divertida folga, e retornamos com caras tristes e sentimentos
indescritíveis de resignação. Mas até o final da outra semana já nos esquecemos
daquela magia momentânea e tudo volta a ser caótico.
Com o tempo a magia nem existe mais, e
acabamos criticando os feriados e tempos de folga, que nos afastam de nossas
obrigações.
Levamos o computador à tira colo na viagem
de família, passamos horas ao telefone, falando mais com quem está longe, do
que com quem está ao nosso lado, naquela viagem, naquele lugar.
Sério, o que estamos fazendo?
Eu, confesso, estou longe de ser uma pessoa
calma. Sou impaciente, não paro de correr um minuto sequer, abraço mais coisas
do que deveria, conto os segundos de meus dias, não suporto ficar parado ou me
atrasar, quero tudo pra ontem, se anteontem, ainda melhor! Minha mente não
para. E é por ser uma acelerada nata que comecei a questionar a vida que prega
esse exagero como saudável e que critica quem tem um ritmo mais calmo.
Fiquei sinceramente preocupado com minha
própria mania de comercializar meu tempo. Talvez não esteja certo ficar parado
esperando a vida trazer as oportunidades, atrasar-se o tempo todo, não lutar
pelo que deseja. Não, não está. Mas nenhum dos extremos é viável. Extremos
nunca são viáveis.
Precisamos de um equilíbrio. Ficar 30
minutos de bobeira na cama, abraçado com alguém que você ama, não é perda de
tempo. É desfrutar do momento. Um
pedacinho de felicidade e, acredite, é gratuita. Estamos tão apressados em ser
bem sucedidos, em ter mais e mais, que nos esquecemos de valorizar o que já
temos.
Conforto é bom, lazer é indispensável e amar
é o que nos faz viver, e não apenas existir. Amar nossos animais, familiares,
amigos e sorrir com eles. Não estou dizendo que devemos largar o emprego, a
faculdade, viver da terra. Não, a não ser que você ame fazê-lo. Se quiser, vá
em frente e viva como tiver vontade.
Mas acho que devemos aprender a conciliar as
coisas, desacelerar um pouco o passo, libertar o sorriso. É uma época de
separações. O ano mal começou e já presenciei mais casais se separando do que
em qualquer outro.
As pessoas se preocupam tanto em ganhar
dinheiro, se especializar profissionalmente, colecionar troféus, que esquecem
de olhar para o outro, colecionar bons momentos. A aceleração favorece o
egoísmo. O egoísmo torna o outro dispensável.
Levar o par em um restaurante caro como
prova de amor é mais fácil do que preparar o jantar você mesmo. Mais rápido e
menos trabalhoso porque tempo, hoje em dia mais do que nunca, é dinheiro. Falta
se dedicar aos outros. Esse comércio do tempo que torna o ser humano
descartável precisa parar.
A felicidade está naquele sorriso do
trabalho, na chuva repentina no dia de folga, no abraço de quem se ama. Eu não
quero a super felicidade comprada. Dispenso, obrigado. Quero todas as pequenas,
para criar uma vida inteira de lembranças felizes. Felicidade comprada é
ilusão. E ilusão, meus queridos, é o mal do século.
Coragem e acelera
o passo que hoje é Segunda-feira, e, nessa semana em
curso não comercialize seu tempo e não tente comprar a felicidade...
Conquiste-a!
Felicidade... Uma Conquista Diária!
|
Uma Ótima
Semana a Todos!
Cleudon França.
Nenhum comentário:
Postar um comentário