“O Tempo
Nos Trouxe o Progresso: O Saudoso Seringal Minas Gerais é Agora, a Bela Cidade
de Marechal Thaumaturgo”!
Marechal Thaumaturgo: Do Seringal Minas Gerais, do Distrito e Villa Thaumaturgo ao Município e Bela Cidade de Marechal Thaumaturgo |
Aonde
é aqui? O fim do mundo? O início do Mundo? O meio do mundo? Um lugar qualquer
no meio do nada? A ultima civilização do planeta terra? Um paraíso perdido em
meio ao nada ou em meio ao tudo?
Aqui
é aonde o vento faz a curva! Aqui é fronteira! É uma parte da Amazônia – pulmão
do mundo! Aqui é paraíso para uns, e, para outros também!
Aqui
não existe outono ou primavera, só verão e inverno. Aqui a mãe natureza é mais
linda, mais viva, mais colorida! Aqui a paz encontra sua essência, seu reino,
sua morada. Aqui a felicidade é mãe, é esperança, é busca eterna! Aqui é o meu
lugar! Aqui é minha querida e amada cidade de M. Thaumaturgo!
Município
de fronteira, originado do antigo e saudoso Seringal Minas Gerais, aquele que
lutou para ser Acreano, assim como o Acre lutou para ser brasileiro! Lugar de
gente simples, acolhedora... De gente da gente! De gente humilde, de gente que
vai á luta, de gente que acredita, de gente que sonha... De gente que tem
esperança! De gente que não cansa e nem desanima!
Esse
pequeno pedaço de chão, tão distante dos grandes centros urbanos; nesse canto
do Brasil esquecido e desconhecido por uns, e, tão amado e idolatrado por
outros, tem sua história inscrita com grandes lutas, conquistas e glorias!
História dividida em importantes capítulos, estes inscritos com sangue e suor
de homens e mulheres sem iguais, dos quais muitos já não se encontram mais
entre nós, mas que terão seus nomes lembrados ao longo de gerações e gerações.
Eis
o meu lugar, meu canto, meu recanto, meu município, minha cidade... Minha amada
cidade de Marechal Thaumaturgo! Eis sua história, seu povo, suas lutas, suas
conquistas, suas tradições, sua religiosidade, sua economia, sua cultura, suas
festas, suas tradições! Suas belezas e suas glórias!
O SERINGAL MINAS GERAIS
“A Raiz Que Deu Origem a Bela Cidade Que Conhecemos e
Vivemos Nos Dias Atuais”.
Não se tem muitos registros
escritos ou fotográficos do seringal Minas Gerais, a não ser nos fatos e
acontecimentos publicados no primeiro Jornal impresso do acre; o jornal O Progresso. Não se sabe ao exato
quantos moradores o habitava.
Registros escritos apontam
alguns dos primeiros residentes do Seringal Minas Gerais há 112 anos atrás: J.
Rodrigues, Nenê Lima, Maria Barreto, Maria Lima, Otávio Mendes, Julião Sampaio,
Josephina Lima, Ana Coelho, João do Vale, Manoel da Silva, Cleodulpho Antunes,
Geraldo Santos, Francisco Coelho, Antônio de Salles, José Pereira de Sales,
Mário Lobão, dentre outros.
A vida no Seringal Minas
Gerais assim como em todos os demais seringais da região, certamente era muito
parcata. Acontecia festas nos finais de semana, onde havia muita bebiba, pouca
mulher e nenhum policiamento. A competência da manutenção da ordem nos bailes
era do dono da casa.
A ausência do Estado na vida
dos moradores do Seringal Minas Gerais era quase que absoluta. A edição de Nº. 03
do dia 01 de Outubro de 1904 do Jornal O Progresso denuncia o completo abandono (à população local) das autoridades
politicas e policiais brasileiras, em especifico do município de São Philippe
do estado do Amazonas a quem o Seringal Minas Gerais pertencia (o Acre ainda
não era estado e nem Cruzeiro do Sul era município).
Crimes de toda a classe se
cometia. De que nos serve o Município de São Philippe (Hoje Eirunepé) que não
nos oferece garantias, se os presos que vão para lá são remetidos, vivem em
completa liberdade? Neste ano aconteceram mais de 15 assassinatos. Relata a então
edição do referido Jornal.
Mas tinha também, momentos de
festas e confraternização. Como a comemoração do dia 07 de Setembro. Data que
segundo jornal O Progresso era
comemorada com muitas atrações, como a leitura de poesias, entoamento do Hino
Nacional, içamento do pavilhão nacional, corridas marítimas e campeonato de
tiro ao alvo de rifle Winhester a 250 metros de distância. Atividades que eram
sempre encerradas com bailes dançantes realizados no período da noite.
A “GUERRA DA TRINCHEIRA”
OU “A BATALHA DO AMÔNIA”.
“Sobre o Orvalho da Noite Estrelada / Voluntários da Pátria em Ação /
Na Defesa de Seus Ideais / Com a Luta de Armas na Mão”.
Seringal Minas Gerais Palco da Batalha e o Coronel Thaumaturgo Gregório de Azevedo Comandante do Exército Brasileiro Que Enfrentou os Peruanos na Referida Batalha. |
O
ano era 1904. O cenário? O saudoso seringal Minas Gerais, que um dia foi Distrito
e Vila, e, hoje é o Município de Marechal Thaumaturgo... Aquele que lutou para
ser Acreano, assim como o Acre lutou para ser Brasileiro! Tudo começa com a
ignoração do Governo Peruano ao Modus
Vivendi, que instala uma aduana peruana na Foz do Rio Amônia, chamada por
eles por Eles de Nueva Iquitos.
Por
meses, a tensão de um conflito armado se instalou no Seringal Minas Gerais,
localizado nas confluências do Rio Juruá e Rio Amônia; onde o Governo Peruano
focalizava todas suas forças, pretendendo ocupar as terras da Foz do Rio Breu
até as terras da Foz do Rio Amônia.
No
dia 07 de Setembro de 1904, acontece um ultimo gesto amistoso entre Soldados
peruanos e brasileiros... Os soldados peruanos comandados pelo Major Ramirez
Hurtado oferece um almoço aos brasileiros em comemoração ao dia 07 de Setembro
(Independência do Brasil) daquele
longínquo 1904. A programação das comemorações teve inicio com o entoamento do
Hino Nacional Brasileiro, tocado pela orquestra sob a regência do Professor
Nogueira Júnior, com o hasteamento do pavilhão nacional. Compunha ainda, além
das autoridades militares peruanas e brasileiras a comissão dos festejos do dia
07: Otavio Mendes, Julião Sampaio, Cleodulpho Antunes, Nogueira Júnior, Geraldo
Santos e Francisco Coelho. Os festejos incluíram ainda disputa de tiros ao alvo
de 250 metros com carabina winchester, com a participação de 31 cavalheiros,
sendo o vencedor o Sr. José Rodrigues.
Dias
depois, especificamente no dia 05 de outubro, é apresentado mais um indício das
más vontades das tropas peruanas contra civis brasileiros, residentes na boca
do Rio Amônia – Seringal Minas Gerais. Antônio de Salles, empregado de José
Pereira de Salles; ao voltar de uma localidade próxima na sua canoa, foi
intimado a atracar no posto peruano, localizado as margens do Rio Amônia, sob
os gritos de: “atraca diablo”! Como ele não ouviu os gritos por estar distante
houve a tentativa de alvejá-lo, sendo disparados dois tiros de uma Winchester.
Thaumaturgo
Gregório de Azevedo acabara de ser nomeado Intendente do Departamento do Alto
Juruá – Prefeito de Cruzeiro do Sul. Enquanto se ocupava em planejar a nova
cidade, com a segurança de quem já fora Governador dos Estados do Piauí e Amazonas,
Marechal Thaumaturgo recebera a má noticia: o Peru acabara de instalar um posto
aduaneiro na confluência dos Rios Juruá e Amônia, para cobrar impostos da
borracha que por ali passava e tivera, ainda, a ousadia de denominar o local de
Nuevo Iquitos.
A
notícia do que vinha ocorrendo ás margens do Rio Amônia, nas terras do Seringal
Minas Gerais – instalação da aduana peruana para recolhimento de impostos,
atentado armado contra civil brasileiro; apanhou o General de surpresa uma vez
que até então se tinha informações que os peruanos estavam se mantendo acima da
Foz do Rio Breu.
Com
a experiência de quem já havia trabalhado junto à Comissão encarregada de
demarcar a fronteira do Brasil com a Venezuela, o agora Marechal Thaumaturgo
Azevedo logo deduziu a estratégia do país vizinho (Peru): como os dois países
estavam preparando uma comissão mista para percorrer o Rio Juruá a fim de
demarcar os seus limites fronteiriços com base no direito de posse; assim, o
Peru avançava Brasil adentro a fim de consolidar novas posições.
Thaumaturgo
Gregório de Azevedo então com 51 anos de idade, homem trabalhador, de têmpera
irascível, habituado a confrontos ficou profundamente irritado com a atitude
dos peruanos. Havia de tomar medidas imediatas – para preservar o território do
Departamento do Alto Juruá, cuja gestão lhe fora confiada pelo próprio
presidente da República.
Não
havia tempo suficiente para comunicar-se com a Capital Federal, o Rio de
Janeiro, e aguardar providências. Era necessário agir logo. Tinha, porém, um
grande problema pela frente, pois a guarnição da tropa federal a sua disposição
era composta de poucos homens e, mesmo assim não havia como transportá-los até
a Foz do Rio Amônia (Seringal Minas Gerais), ou, Nueva Iquitos como queriam os
peruanos.
Enquanto
pensava em como enfrentar aquela situação tomou conhecimento de que no porto do
Seringal Invencível – hoje Cidade de Cruzeiro do Sul, estavam ancorados dois
navios o “O Moa” de propriedade da firma Melo & Cia, e “O Juruá” de
propriedade de uma casa aviadora de Belém as quais seriam suficientes para
levar as tropas para combater os peruanos. Cuidou, então, de encaminhar ofícios
aos comandantes de ambas as embarcações requisitando as mesmas com a
advertência de que só poderiam deixar o porto do referido seringal com seus
soldados.
O
que Thaumaturgo não esperava era a reação do comandante do navio “O Juruá”,
Alberto Serra Freire, que foi procurá-lo para dizer que não poria o “Gaiola” a
disposição da Prefeitura uma vez que já estava de baixada para Belém e que não
tinha combustível e nem rancho suficientes para atender a requisição. Mas o
General não lhe deu alternativas: o navio havia de fazer a viagem ainda que
tivesse de empregar a força para conduzi-lo.
No dia seguinte os dois navios subiam o rio Juruá e seis dias depois
chegaram à foz do Amônia – Seringal Minas Gerais. A batalha do Amônia ou Guerra
da Trincheira, como ficou conhecido o episódio, durou três dias, findos os
quais os peruanos se renderam com a baixa de 09 (nove)mortes, enquanto do lado
dos brasileiros foi registrada uma morte e alguns feridos.
Através do relato do farmacêutico Mário de Oliveira Lobão que embarcara
em um dois navios para atender eventuais feridos é possível ter uma visão bem precisa
do confronto:
- Tinham os peruanos no local 80 (oitenta) homens bem armados e
municiados, dispondo de metralhadoras sob as ordens do General Suarez, e, sob o
comando do major Ramirez Hurtado. Os dois “gaiolas - navios”
não puderam combinar um ataque à posição inimiga, devido a ter o “Môa”
encalhado e a dificuldades outras de navegação, em virtude da baixa das águas.
- Mas o destacamento brasileiro em batelões e canoas penetraram os
igarapés, desembarcou e tomou posição para atacá-la por três lados: no seringal
fronteiro, Minas Gerais, na margem direita do Juruá e por trás de Nuevo
Iquitos. Muitos seringueiros armados reforçaram as 50 (cinquenta) praças de
infantaria (soldados brasileiros). O Capitão Francisco Ávila ficou no seringal,
o tenente Mateus na barranca do Juruá e o ex-Cadete da Escola Militar de
Fortaleza, Oséas Cardoso na terceira face do ataque. Intimados a capitular os
peruanos recusaram e começou o fogo de parte a parte, que durou até às 5 horas
da manhã do dia 05 de Novembro. Então cercado e maltratado pela fuzilaria
certeira dos seringueiros, o Major Ramirez Hurtado rendeu-se com as honras da
guerra recolhendo-se ao Departamento de Loreto. Os peruanos perderam 09 (nove)
homens e tiveram muitos feridos. Os brasileiros perderam somente um e tiveram
poucos feridos”.
Cinco anos depois, em Setembro de 1909, Brasil e Peru assinaram o
Tratado do Rio de Janeiro fixando os atuais limites fronteiriços, entre os dois
países.
A “Batalha do Amônia” ou a “Guerra da Trincheira” como é mais conhecido
pelos Thaumaturguenses é o acontecimento mais
importante e marcante em toda história do Município de Marechal
Thaumaturgo desde seus tempos primórdios. O referido acontecimento é tão
importante e marcante, que as próprias atividades aniversário de emancipação de
Marechal Thaumaturgo são realizadas no dia 05 de novembro, dia que os
brasileiros saíram vencedores da então batalha/guerra.
O DISTRITO E A VILLA
THAUMATURGO
“Os Primeiros Passos do Municipio de Marechal
Thaumaturgo: O Distrito Thaumaturgo e Depois Villa Thaumaturgo”.
Com o
fim da Batalha do Amônia / Guerra da Trincheira, o Seringal Minas Gerais,
passa, um ano depois, em 1905, a ser denominado Distrito criado com a
denominação de Thaumaturgo ex-localidade de Zos do Amônia, confirmada pelo
decreto do Prefeito Nº. 39, de 11 de Julho de 1906, subordinado ao Departamento
do Alto Juruá.
Em
divisão administrativa referente ao ano de 1911, o Distrito de Thaumaturgo,
permanece no Departamento de Juruá.
Assim
permanecendo em divisões territoriais datadas de 31 de Dezembro de 1936 e 31 de
Dezembro de 1937.
Pelo
decreto-lei estadual Nº. 43, de 29 de março de 1938, o Distrito de Thaumaturgo
deixa de pertencer ao Departamento de Juruá para ser anexado ao município de
Cruzeiro do Sul.
Pelo
decreto-lei estadual Nº. 6163, de 31 de dezembro de 1943, o Distrito de
Thaumaturgo adquiriu parte do distrito de Foz do Jordão do município Tarauacá
ex-Seabra.
Em
divisão territorial datada de 01 de Dezembro de 1950, o distrito de Thaumaturgo
permanece no Município de Cruzeiro do Sul.Assim permanecendo em divisão
territorial datada de 01 de Dezembro de 1960.
É elevado
à categoria de município com a denominação de Marechal Thaumaturgo, pela
Constituição Estadual de 01 de Março de 1963, desmembrado de Cruzeiro do Sul.
Sede no atual distrito Marechal Thaumaturgo Ex-Thaumaturgo. Constituído do
distrito sede.
Em
divisão territorial datada de 31 de Dezembro de 1968, Thaumaturgo Ex-Marechal
Thaumaturgo aparece como distrito de município de Cruzeiro do Sul, pois o mesmo
fora criado e não instalado.
Pelo
decreto estadual Nº. 73, de 11 de Junho de 1976, o Distrito de Thaumaturgo
passou a denominar-se Marechal Thaumaturgo.
Em
divisão territorial datada de 01 de Janeiro de 1979, o Distrito de Thaumaturgo,
figura no município de Cruzeiro do Sul.Assim permanecendo em divisão
territorial datada de 1988.
O Distrito e depois Villa Thaumaturgo teve ilustres
personalidades que muito contribuíram para a M. Thaumaturgo que vivemos hoje,
os quais estão homenageados em nomes de escolas e ruas: Manoel Rodrigues de
Araújo, Raimundo Bezerra, Elvira Ferreira Gomes, Maria Luzia Elias dos Santos,
Maria Ferreira do Vale, Raimundo Bezerra Frota, dentre outras.
O MUNICÍPIO DE MARECHAL
THAUMATURGO
“Com a coragem de seus ancestrais / Ao lutar se mostraram
viris / Desbravando e marcando com sangue / Os limites do nosso Brasil”.
O Seringal Minais Gerais, que
também se chamou Distrito e Villa Thaumaturgo passa a ser defitivamente
Municipio no dia 28 de Abril de 1992, através do decreto de Nº. 1029 (assinado
pelo o Governador Edmundo Pinto, um mês antes de seu assassinato) a partir de
um desmembramento do município de Cruzeiro do Sul. Sua instalação oficial
deu-se no dia 01 de Janeiro de 1993.
Sua população, de acordo com
estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 17.401
habitantes em 2016 (a 13ª maior população do estado). Sua sede situa-se à
margem esquerda do Rio Juruá, na foz do Rio Amônia. Os transportes fluvial e
aéreo são os únicos meios de acesso.
È um município do Parque
Nacional da Serra do Divisor. Não consta em nehum mata rodoviário do país, pois
está situado em plena selva do Vale do Juruá, aonde se chega de avião ou depois
de três dias de barco partindo de Cruzeiro do Sul. Atualmente existem as
chamadas “lanchas” onde se é possivel chegar a então municipalidade após um dia
de viagem – também partindo de Cruzeiro do Sul.
Por ser um municipio isolado
na selva, em pleno terceiro milênio, Marechal Thaumaturgo não tem poluição,
engarrafamentos e outros problemas dos médios e grandes centros urbanos, mas
ainda enfrenta dificuldades na área da saúde, educação e saneamento básico.
O FUNDADOR DO MUNICÍPIO
“Na Trincheira da Vida e da Morte / Intrépido Saiu Vencedor / Ficou a
Bandeira da História / Com Sublime Gesto e Esplendor”.
O Militar Thaumaturgo Gregório de Azevedo
(1896-1979), que dá nome à cidade é pernambucano, nascido no que é hoje o
Município de Igarassú (Região Metropolitana de Pernambuco), que chegou àquela
região em 1929 como representante das Forças Armadas, tendo iniciado a criação
da primeira comunidade naquelas terras, originando-se, assim, o agora Município
de Marechal Thaumaturgo. Seu nome original é João Thaumaturgo de Albuquerque,
filho de Epitácio Figueiredo Albuquerque (1867/1932), português e Maria
Taumaturgo de Albuquerque (1880/1918), portuguesa, filha de João Fidélis.
O nome de sua mãe é grafado Taumaturgo, mas seu
registro foi efetivado como Thaumaturgo, inserindo-se a letra "h".
Ele nasceu em 1896 e tinha apenas um irmão que tornou-se padre e também deixou
o interior do Pernambuco, radicando-se, primeiro em São Paulo e depois no Rio
de Janeiro. Seu irmão era o padre Joaquim Taumaturgo de Albuquerque, nascido em
1902 e falecido em 1979. Marechal Thaumaturgo faleceu no mesmo ano do irmão,
apesar de nunca mais terem se encontrado.
SUA GEOGRAFIA
“A Extensão Territorial de Marechal Thaumaturgo. Limites Com Outros
Munícipios Acreanos e Internacional Com o Peru”.
Sua área é de 819 mil hectares
(8.191,7 km2) a sétima maior do estado. Limita-se ao norte com os
municípios de Tarauacá e Porto Walter, ao sul e ao oeste com o Peru, e a leste com o município de Jordão. Está situado a 245 metros de altitude. Latitude
8º 56’ 29” Sul. Longitude 72º 47’ 33” Oeste.
PREFEITOS
“Os
Gestores Que Administraram os 24 Anos de Emancipação Politica e Administrativa
de Marechal Thaumaturgo”.
Marechal Thaumaturgo ganhou sua autonomia (emancipação) politica e
administrativa no dia 28 de Abril de 1992, sendo instalado oficialmente no dia 01 de
Janeiro de 1993, com a posse do seu primeiro Prefeito Sr. Itamar de Sá que
tinha como Vice-Prefeito o Sr. Leandro Almeida.
Itamar de Sá foi também o Prefeito que mais
tempoi esteve à frente do Poder Executivo de Marechal Thaumaturgo. Foram 12
(doze) anos, 03 (três) mandatos: 1993/1996, 2001/2004 e 2005/2008.
Segue a relação dos Prefeitos
que já adiministraram o Municipio de Marechal Thaumaturgo ao longo de seus 24
(vinte e quatro) anos de emancipação: 1993 a 1996: Prefeito Itamar de Sá,
Vice-Prefeito Leandro Almeida. 1997 a 2000: Prefeito Leandro Almeida,
Vice-Prefeito Bitito. 2001 a 2004: Prefeito Itamar de Sá, Vice-Prefeito Josimar
Gomes. 2005 a 2008: Prefeito Itamar de Sá, Vice-Prefeito Josimar Gomes. 2009 a
2012: Prefeito Randson Almeida, Vice-Prefeito Maurício Praxedes – o qual foi
prefeito por mais de 18 meses, tendo em vista afastamento do Prefeito Randson
Almeida por determinação da justiça. 2013 a 2016: Prefeito Aldemir Lopes,
Vice-Prefeito João Delles de Menezes.
No ultimo dia 02 (dois) de
outubro de 2016 foi eleito o novo Prefeito de Marechal Thaumaturgo para o
quatriênio 2017/2020 Isaac Piyanko, que terá como Vice-Prefeito Valdélio
Furtado.
HINO, BRASÃO E BANDEIRA
“A história narrada através de poesia, música, símbolos e bandeira: Um
passado de conquistas refletido em um futuro de glórias”.
Dos três
temas desse tópico, dois são com certeza, os maiores orgulho do
Thaumaturguense: o hino e bandeira de Marechal Thaumaturgo estão entre os mais
bonitos do estado e da região norte.
Começo, portando
falando do Brasão: este contem a figura de uma indígena e um seringueiro - uma
homenagem aos povos que deram origem ao município. Contém também o mapa do
município na cor verde, e, uma estrela vermelha (uma alusão a Batalha do Amônia
ou a Guerra da Trincheira). A então insígnia está desenhando na cor amarela
(referência às riquezas de Marechal Thaumaturgo), sendo contornado pela cor
vermelho.
A Bandeira
de Marechal Thaumaturgo, desenhada na forma geométrica de quadrado nas cores
predominante Verde (alusão riquezas de suas matas) e Branco (alusão a paz),
está entre as mais belas do estado e da região. Contém também uma estrela na
cor vermelha (uma alusão a Batalha do Amônia ou a Guerra da Trincheira), e, um
circulo na cor azul (referência ao céu), contendo um Pássaro branco (símbolo da
paz) e 05 estrelas (representação da constelação Cruzeiro do Sul).
Quanto ao
hino de Marechal Thaumaturgo, no que diz respeito sua letra e sua melodia; não
deixa dúvida quanto a um dos hinos municipais mais belos de nosso estado, de
nossa região e de nossa pátria. Sua letra e melodia é de dois das maiores
personalidade de nossa Municipalidade: Francisco Braz Rodrigues (letra) e o
Saudoso Gedeão Cavalcante (melodia). Ambos os artistas foram e são os que mais
escreveram sobre nosso querido município em formas de poemas, poesias e
musicas.
Segue a letra do Hino de Marechal Thaumaturgo:
Onde
o canto do pássaro ecoa
Tal bramido no seio da selva
Cercado de paz e harmonia
Thaumaturgo, sua beleza encerra.
Tal bramido no seio da selva
Cercado de paz e harmonia
Thaumaturgo, sua beleza encerra.
Com
a coragem de seus ancestrais
Ao lutar se mostraram viris
Desbravando e marcando com sangue
Os limites do nosso brasil.
Ao lutar se mostraram viris
Desbravando e marcando com sangue
Os limites do nosso brasil.
És linda e pura,
És bela e forte.
E tua grandeza
É o orgulho do norte.
És bela e forte.
E tua grandeza
É o orgulho do norte.
Sob
o orvalho da noite estrelada
Voluntários da pátria em ação
Na defesa dos seus ideais
Vão à luta de armas na mão.
Voluntários da pátria em ação
Na defesa dos seus ideais
Vão à luta de armas na mão.
Na
trincheira da vida e morte
Intrépido saiu vencedor,
Fincou a bandeira da história
Com sublime gesto, esplendor.
Intrépido saiu vencedor,
Fincou a bandeira da história
Com sublime gesto, esplendor.
És linda e pura,
És bela e forte.
E tua grandeza
É o orgulho do norte!
És bela e forte.
E tua grandeza
É o orgulho do norte!
Heróis
com muita grandeza
No desvão da floresta fechada
Refletindo as cores da aurora
Nos ombros o facão, a enxada.
No desvão da floresta fechada
Refletindo as cores da aurora
Nos ombros o facão, a enxada.
A
pele cortida do sol
Extraindo d mata o tesouro
Nosso amigo, irmão seringueiro
Transformando a seiva em ouro.
Extraindo d mata o tesouro
Nosso amigo, irmão seringueiro
Transformando a seiva em ouro.
És linda e pura,
És bela e forte.
E tua grandeza
É o orgulho do norte!
És bela e forte.
E tua grandeza
É o orgulho do norte!
Envoltos
no sol da vitória
Ergue o peito, herói deslumbrado
Expulsando com honra o estrangeiro
É o Brasil por seus filhos amado.
Ergue o peito, herói deslumbrado
Expulsando com honra o estrangeiro
É o Brasil por seus filhos amado.
A
bandeira ao sol fulgurante
Acenando ao celeiro do céu
Augurando a paz infinita
Te cobrindo em forma de véu.
Acenando ao celeiro do céu
Augurando a paz infinita
Te cobrindo em forma de véu.
És linda e pura,
És bela e forte.
E tua grandeza
É o orgulho do norte!
És bela e forte.
E tua grandeza
É o orgulho do norte!
(Letra
de Francisco Braz Rodrigues. Melodia de José Gedeão da Silva Cavalcante).
EVENTOS CULTURAIS
TRADICIONAIS
“Onde o Canto do Pássaro Ecoa / Tal Bramido no Seio da Selva
/ Cercado de Paz e Harmonia / Thaumaturgo, Sua Beleza Encerra”.
O Município de Marechal
Thaumaturgo possui duas grandes manifestações culturais e quatro grandes
eventos tradicionais, sendo as manifestações culturais: “Festas Juninas” e os “Novenários”,
já como eventos tradicionais se destacam aí as comemoração do Aniversário do
Município, comemoração de 07 de Setembro, e o Festival de Praia e o Festival do
Feijão.
Umas das mais tradicionais
manisfestações culturais de Marecahl Thaumaturgo são as Festas Juninas, que na maioria das vezes se estendem até os meses
de julho e agosto. Seja na sede (zona urbana) ou zona rural, as festas juninas são
realizadas anualmente por iniciativas da proprias comunidades, escolas ou ruas.
São festas bastante animadas herdadas dos tempos iniciais da formação de nossa
municipalidade.
Na sede a Festa Junina mais
tradicional é a do Centro Espirita Beneficente União do Vegetal, que realiza
sua festa sempre na ultima semana do mês de junho. Aí também se destacam as
festas juninas da Escola de Ensino Médio Elvira Ferreira Gomes e da Crechinha
Maria Luzia Elias dos Santos. Há também, as festas realizadas nas ruas ou nos
bairros. Já na zona rural, interior do municipio, as festas juninas mais
conhecidas são da Aldeia Novo Destino, Comunidade Foz do Arara (Missipi), Vila
Oriente, dentre outras.
Outra manifestção cultural do
municipio dar-se porr manifestação religiosa. São os Novenários em honras aos santos padroeiros de cada comunidade ou
vila.
O mais tradicional dos
Novenários, que se tornou também uma das festas mais populares do Juruá é o
Novenário em Honra a São Sebastião padoeiro de Marechal Thaumaturgo. Este é
realizado no mes de Janeiro (dia 11 ao dia 20) e que recebe milhares de pessoas
da região, do estado e de fora do estado.
Na zona rural se destacam, os
novenários da Vila Restauração em honra a São Ramundo Nonato realizado em
Agosto, Novenário da Comunidade São Luiz realizado em Junho em honra a Santo
Antônio, Novenário da Comunidade dos Borges realizado em Maio em honra Nossa
Senhora de Fátima, Novenário da Comunidade Oriente realizado em Junho em honra
a São João Batista, Novenário da Comunidade Mississipi realizado em Outubro,
dentre outros.
Já como evento tradicional da
então municipalidade, se destaca como o mais antigo as comemorações do dia 07
de Setembro, sendo comemorado desde Seringal Minas Gerais (1904). Passsou
alguns anos sem atividades realizados, aonde foram retomados no ano de 2008 por
iniciativa da Escola Estadual de Ensino Médio Elvira Ferreira. Nesse contexto,
como evento tradicional se destaca também as comemoraçoes do aniversário de
emancipação politica de nossa cidade. Evento realizado sempre ao longo de 05
dias com várias atividades de cunho civico (desfiles), esportivo, cultural,
recreativo, de lazer e de entretimento.
Nos ultimos anos, dois grandes
eventos realizados pelo Poder Executivo do Municipio em Parceria com o Sebrae
Acre, também se destacaram como eventos tradicionais da então municipalidade:
Festival de Praia, realizado ao longo de 04 finais de semana – um mês
(Agosto). E o Festival do Feijão que teve
uma primeira edição realizada no ano de 2016, aos longos dos dias 03, 04 e 05
de Junho.
RELIGIÃO
“A bandeira ao sol fulgurante / Acenando ao celeiro do céu
/ Augurando a paz infinita / Te cobrindo em forma de véu”.
Igreja Católica São Sebastião, Igreja Assembléia de Deus e Centro Espirita Beneficente União do Vegetal |
Se pergutar a 100 pessoas em
Marechal Thaumaturgo se ela tem uma religião, 99,99 vão responder que sim!
Então, podemos dizer que Marechal Thaumaturgo é um municipio 99,99% religioso.
A predominânncia maior é do
catolecismo, cerca de 73,6 % (dados do IBGE 2012). São várias as capelas
espalhadas pelo interior do municipio (comunidades e Vilas) cada uma com o seu
santo. Na sede a Igreja Católica tem como Santo Devoto São Sebastião, o qual
também é o padroeiro da Cidade. Daí também sai umas das maiores festas
religiosas do municipio com a realização dos chamados Novenários, realizados na
sede e no interior. Entidade religiosa que se destaca também por seus trabalhos
sociais, através de suas pastorais.
Nos ultimos anos é notório o crescimento
dos evengélicos, que se fazem representar por diversas igrejas, sendo a maior
delas e com o maior número de membros a Igreja Assembléia de Deus, com mais 12
(doze) templos espalhados pelo municipio. Igreja que se destaca também pela
realização de congressos, pela parte musical, teatros e jograis, e, serviço
social realizado no municipio.
Também ganha um destaque,
nesse contexto a Primeira Igreja Batista que se destaca como a terceira maior
entidade religiosa do municipio, com mais de 05 (cinco) templos espalhados pelo
municipio, e, também se destaca pela realização de Congressos, musicais gospel,
eventos interativos e serviços sociais diversos.
Há também a presença das
Igrejas Assembléia de Deus Ministério de Madureira, Cristã do Brasil,
Adventista do Sétimo, Igreja Apostólica, Pentecostal do Brasil, Deus e Amor,
todas com notavéis numeros de membros.
E há também, na sede do Municipio
um núcelo do Centro Espiríta Beneficente União do Vegetal, com dezenas de
sócios (crianças, adolescentes, jovens e adultos).
ECONOMIA
“A Pele Cortida do Sol / Extraíndo da Mata o
Tesouro / Nosso Amigo, Irmão Seringueiro / Transformando a Seiva em Ouro”.
A
exemplo de outros municípios isolados do estado, Marechal Thaumaturgo depende
principalmente da economia proveniente da administração publica. A dependência
com este setor é de 57,42 (dados IBGE 2006).
No
ademais, sua renda está baseada no extrativismo vegetal, na agricultura de
subsistência e na pecuária. Os agricultores da região costumam cultivar as
praias dos rios Juruá, Amônia, Arara, Acuriá, São João e Breu com feijão,
macaxeira, batata doce, amendoim e melancia.
Também
se produz a farinha, o tabaco, o milho, o açaí, o buriti, a banana. Se vende a
galinha caipira. Também se cria e já vende o peixe. Também se cria e se vende o
suíno(porco).
O
produto agrícola mais conhecido e produzido no município é o Feijão (aonde se
tem um tipo/qualidade que leva o nome Feijão Thaumaturgo) onde se produz mais
de oito tipos diferentes, aonde se tem uma cooperativa (Coopersonho –
cooperativa sonhos de todos) para empacotamento e maiores cuidados com o mesmo.
Em
2016 foi criando o “Festival do Feijão” uma iniciativa do Poder Executivo
Municipal e SEBRAE Acre com o intuito de fortalecer a economia local com o então
produto, sendo que M. Thaumaturgo é o maior produtor de feijão do estado.
Foi
criada também a feira do Agricultor, a qual é realizada em nas manhãs de sábado
na Praça Municipal Odom do Vale, com a venda de vários produtos rurais,
macaxeira e seus derivados (beléu, tapioca, farinha, beju, goma) Pupunha, açaí,
buriti, caldo de cana, verduras, dentre muitos outros. Feira que é realizada normalmente
nas dependências do Mercado do Produtor Rural do Município, sendo transferida
para a Praça Municipal por motivo de reforma do então Mercado.
POVOS IDIGENAS
“Heróis Com Muita Grandeza / No Desvão da Floresta
Fechada / Refletindo as Cores da Aurora / Nos Ombros o Facão, a Enchada”.
Em Marechal Thaumaturgo há quatro Terras Indígenas:
duas ao sul, uma a sudeste e outra a nordeste, correspondendo a aproximadamente
16,5% da área do Município, sendo que três fazem fronteira com o Peru.
Essas terras são habitadas pelos povos das famílias
linguísticas Panos e Aruak. As etnias que vivem nessas terras somam mais de 2.000
pessoas, distribuídas em 17 aldeias (dados de 2014), e em 05 povos: ASHANINKA
(Rio Amônia e Rio Breu), APOLIMA ARARA (Rio Amônia), JAMINAWÁ ARARA (Rio Bajé),
KUNTANAWA (Rio Tejo) e HUNI KUIN (Rio Breu).
POVO
ASHANINKA
Ashaninkas do Rio Amônia |
Os
Ashaninka pertencem à família linguística Aruak (ou Arawak). Eles são o
principal componente do conjunto dos Aruak sub-andinos, também composto pelos
Matsiguenga, Nomatsiguenga e Yanesha (ou Amuesha). Apesar de existirem
diferenças dialectais, os Ashaninka apresentam uma grande homogeneidade
cultural e linguística.
Ao
longo da história, os Ashaninka foram identificados sob vários nomes: Ande, Anti, Chuncho, Pilcozone, Tamba, Campari.
Todavia, são mais conhecidos pelo termo “Campa” ou “Kampa”, nome frequentemente
utilizado por antropólogos e missionários para designar os Ashaninka de maneira
exclusiva ou os Aruak sub-andinos de forma genérica - com exceção dos Piro e
dos Amuesha. Ashenĩka é a autodenominação do povo e pode ser
traduzida como “meus parentes”, “minha gente”, “meu povo”. O termo também
designa a categoria de espíritos bons que habitam “no alto” (henoki).
O Povo
indígena Ashaninka de Marechal Thaumaturgo está endereçado no Rio Amônia e Rio
Breu.
Segundo
dados da CPI-AC de 2004 a população Ashaninka do Rio Breu erade 114 indivíduos.
Já a população Rio Amônia soma atualmente cerca de 800 indivíduos, ou seja,
mais ou menos metade dos Ashaninka vivendo no Brasil.
Mais de 80%
dessa população vive hoje na aldeia Apiwtxa ou nas suas proximidades. Por via
fluvial, a aldeia Apiwtxa situa-se a aproximadamente 80 quilômetros de Marechal
Thaumaturgo e 350 de Cruzeiro do Sul. Em linha reta, a distância é,
respectivamente, de 30 e 180 quilômetros. Essa aldeia foi criada em 1995, na
parte baixa da TI, nas proximidades do limite com a Reserva Extrativista do
Alto Juruá e o assentamento do Incra.
A
população hoje localizada no rio Amônia provém de diversos horizontes e é fruto
de migrações sucessivas. Além dos deslocamentos populacionais no sentido
Peru-Brasil, via Alto Juruá ou alguns afluentes do Ucayali ocorreram também ao
longo do século XX várias migrações dos Ashaninka do Envira e do Breu em
direção ao rio Amônia. Do mesmo modo, embora algumas famílias Ashaninka
permanecessem de maneira estável no rio Amônia a partir da década de 1930,
existem laços de parentesco que unem os Ashaninka do Amônia àqueles localizados
tanto em território peruano como em outras terras brasileiras.
Os
Ashaninka confirmam que, no final do século XIX e início do XX, o rio Amônia
era também o habitat de índios Amahuaka, seus inimigos tradicionais e
considerados índios "brabos". Para os patrões caucheiros e
seringalistas, a presença dos Amahuaka era uma ameaça permanente à exploração
da borracha e uma preocupação constante.
Conhecidos
como excelentes guerreiros, os Ashaninka serviram os interesses dos patrões
brasileiros e peruanos que promoveram estrategicamente as hostilidades
tradicionais entre os dois povos. Armados e estimulados pelos brancos, que lhes
ofereciam mercadorias, os Ashaninka dizimaram e afugentaram os Amahuaka. Os
Ashaninka que moram atualmente no rio Amônia e Rio Breu não viveram diretamente
as correrias contra os Amahuaka, mas lembram os relatos de seus ascendentes.
Os
Ashaninkasde hoje são caçadores, agricultores e músicos. Entre as suas práticas
culturais destaca-se o uso da bebida sagrada “ayahuasca” que para eles é um chá
chamado “Kamarãpi”. Diferentemente de outros povos, sempre usaram roupas: uma
túnica (kushuma) e um chapéu (amatherentsi).
O atual
prefeito eleito do Município – Isaac Piyânko é do Povo Ashaninka do Rio Amônia
(Aldeia Apiwtxa) filho de Dona Pity e Francisco Piyanko.
POVO
KUNTANAWA
Os
Kuntanawas foram supostamente exterminados durante as perseguições armadas aos
povos indígenas, as chamadas correrias, que acompanharam a abertura e a
instalação dos seringais em todo o Acre, no final do século XIX e início do
século XX. Os últimos descendentes conhecidos desse grupo são os membros de uma
família extensa, conhecida até recentemente no alto Juruá como “os caboclos do
Milton”, numa referência ao nome do seu patriarca (Milton Gomes da Conceição).
A
retomada de sua origem indígena, que resulta agora num profundo sentimento de indenidade,
amparou-se na ascendência indígena e na história particular do grupo: a luta
recente pela criação e manutenção da Reserva Extrativista do Alto Juruá; as
relações de contato com povos indígenas vizinhos; a retomada de rituais com a
bebida ancestral ayahuasca; e a percepção da discriminação étnica e política.
Inicialmente,
o etnônimo foi grafado Kontanawa,
querendo com isso designar “povo do coco”. É assim também que a imprensa e os
documentos governamentais se referem a eles.
Mais
recentemente, o grupo começou a pronunciar e grafar seu nome como Kuntanawa.
O fato é que nas línguas Pano, mais especificamente o Hãtxa Kuin (falada pelos
Kaxinawa), a palavra konta não
teria qualquer sentido, e sim kunta, que se refere ao fruto “cocão” (Scheeleaphalerata).
Assim, Kuntanawa poderia
ser traduzido como “povo do cocão”, ou “povo do coco”.
Os
Kuntanawa, povo da família linguística Pano, não falam mais sua língua
indígena. Todos falam o português.
Esforços
de reconstrução da língua têm sido realizados por meio de fragmentos ainda
vivos na memória da matriarca do grupo, dona Mariana, do contato com outros
povos de língua Pano (como os Kaxinawá e os Yawanawa) e da grafia que utilizam,
e de canções ayahuasqueiras.
Os
Kuntanawa vivem às margens do alto rio Tejo, no interior da Reserva
Extrativista (Resex) do Alto Juruá, localizada no extremo oeste do estado do
Acre, no município de Marechal Thaumaturgo. Estão progressivamente
aglutinando-se em aldeias, sendo a principal delas conhecida como Sete
Estrelas.
Esse
grupo tem pleiteado o seu reconhecimento étnico e a identificação e delimitação
de sua Terra Indígena, que se sobrepõe a uma porção da Resex acima referida.
Os
Kuntanawa são uma etnia em reconstrução em todos os aspectos: língua, pintura,
rituais e pertencimento. Há iniciativas de visitas e permanências em Terras
Indígenas vizinhas, de reconstituição da língua de seu povo por meio de outras
similares (contato com povos Pano vizinhos). Sinais externos, como a pintura,
são recuperados por meio de experiências com a ayahuasca e de uma garimpagem
apurada nos relatos de dona Regina, ainda vivos na memória de dona Mariana.
Nomes indígenas também estão sendo adotados.
Artesanatos
começam a ser confeccionados a partir daqueles já feitos por dona Mariana e dos
existentes nas Terras Indígenas vizinhas. Há planos de uma grande migração,
visando reunir todos os descendentes de seu Milton e dona Mariana dentro da
área que pleiteiam, ocupando-a com aldeias que já começam a se estruturar.
Em
2008, os Kuntanawa foram contemplados pela Edição Xicão Xukuru do Prêmio
Culturas Indígenas com o projeto “Revitalização e Resgate da Cultura do Povo
Kuntanawa”, sendo executado durante o ano de 2009. Ainda no mesmo ano, como
apoio da Lei Estadual de Incentivo a Cultura (governo do Acre), deverá
ser lançado um CD com canções compostas por alguns jovens Kuntanawa. Este mesmo
grupo, liderado por Haru, neto de seu Milton, tem acumulado material em vídeo e
tem planos de elaboração de pelo menos um filme sobre os Kuntanawa.
Os
Kuntanawa foram estimados, no ano de 2008, em 400 indivíduos.
POVO JAMINAWA ARARA
O povo Jaminawa Arara (Shawanawa) é oriundo da
família linguística Pano. Seu território localiza-se no município de Marechal
Thaumaturgo, com uma população de 378 pessoas, numa área delimitada e demarcada
de 28.926 ha. Esse povo se autodenomina Jaminawa Arara e é conhecido também por
Shawanawa, Arara, Xawanaúa, Xawaná-wa, Chauã-nau, Ararapina, Ararawa, Araraná,
Ararauá e Tachinauá. Sua organização espacial no interior da terra indígena
está distribuída em uma aldeia - Sirqueira e três comunidades, Bom Futuro,
Buritizal e São Sebastião.
A
região atualmente habitada pelo povo indígena Arara era território dos grupos
Pano, desde o período pré-cabralino, mas a partir de meados do século XIX,
passou a ser ocupada também por exploradores e comerciantes vindos de Belém,
Manaus e centros urbanos localizados ao longo do rio Solimões. Entretanto, a
exploração e ocupação efetiva da região do Alto Juruá, ocorreu apenas nas duas
últimas décadas do século XIX, após vários embates com os grupos indígenas da
região. Nesse período, a região foi povoada principalmente por migrantes
oriundos do Nordeste brasileiro. Em fins da última década do século XIX, o Alto
Juruá já estava povoado por brasileiros, quando peruanos “caucheiros” ocuparam
a região.
Ao
longo da segunda metade do século XX, os Arara estiveram sob o jugo dos
patrões. No final da década de 1980 ao início da de 1990, muitos Arara migraram
para as cidades, principalmente Cruzeiro do Sul, devido às precárias condições
de vida na terra indígena. Os longos anos de ocupação por não-índios, fez mudar
o antigo padrão de vida dos Arara.
No
entanto, mesmo subjugados pelos patrões, a atividade produtiva voltada para a
produção da borracha e a dependência do sistema de barracões, os Arara não
abandonaram costumes tradicionais como a caça, a pesca, a agricultura e a
coleta. Decorrente do processo de colonização, instrumentos novos foram
inseridos a essas atividades, como machado, terçado, enxada, espingarda e
outros.
Com
isso, o povo Arara agregou habilidades como o uso de arma de fogo a uma série
de conhecimentos tradicionais sobre a floresta e sua fauna, e sobre os modos de
como um caçador obter sucesso em sua atividade.
Na
produção econômica atual também criam animais destinados ao consumo familiar ou
à venda. As atividades de coleta destinam-se à colheita de frutos silvestres
para completar alimentação, de produtos medicinais, temperos para os alimentos,
óleos vegetais e outros. Cultivam vários tipos de mandioca, milho, banana, mamão,
cana-de-açúcar, inhame, cará, feijão, fava branca, arroz, batata-doce, plantas
medicinais e temperos.
Os
Arara produzem também artesanato que, antes da dominação imposta pelos
não-índios, era confeccionado em grande escala, inclusive utensílios domésticos,
adornos e armas de caça e pesca. Alguns produtos artesanais como anéis,
pulseiras, colares e bolsas de tecido são comercializados. Os igarapés Braço
Esquerda e Rio Bagé, são de extrema importância para o bem-estar econômico e
cultural dos Arara. Seus afluentes e respectivas cabeceiras coincidem com os
limites da terra indígena, região onde são exercidas atividades de caça, pesca,
coleta e agricultura.
Os
rituais Arara possuem um forte vínculo com a cosmologia, mas são principalmente
os mitos que retratam melhor os aspectos cosmológicos do grupo. Os mitos,
contados principalmente pelos mais velhos, vêm a ser a forma própria de
transmissão do saber do povo. A narrativa dos mitos se dá nas línguas Arara ou
em português.
A
tradição e o saber Arara dependem da preservação da sua terra, que vem sofrendo
constantes invasões por regionais, causando conflitos latifundiários com a caça
predatória. Por este motivo se faz Urgentes controle, pois esta é a única forma
possível de se garantir a liberdade e o direito de viver desse povo, O Povo
Shãwanawa ou Jaminawa Arara, encontra-se na Terra Indígena Jaminawa-Arara no
Rio Bagé munícipio de Marechal Thaumaturgo este território é reconhecido pelo
governo estadual e federal. Esta terra é habitada por 378 pessoas em quatro
aldeias do Clã Shawã, que em sua língua significa Arara.
Estes
ocupam uma área de 28.926 ha, seu território continua preservado assim como sua
cultura.
POVO APOLIMA ARARA
Com
uma população de 135 pessoas morando nas aldeias Novo Destino e Nova Esperança
(Rio Amônia), além de outras pessoas espalhadas pela região, esse povo luta
pelo reconhecimento étnico e pela conquista de sua terra.
O
nome Apolima-Arara tem origem na mistura étnica à qual esse povo foi submetido
ao longo da história. Foi formado por indígenas das etnias Chama, Amoaka, Santa
Rosa, Arara e Jaminawa. Além da miscigenação, o nome faz referência a uma
localidade no Peru onde teriam morado algumas dessas pessoas, entre elas o Sr.
Thaumaturgo de Azevedo, um dos mais idosos do povo e a pessoa com quem o CIMI
manteve os primeiros contatos em 1999, quando esse povo resolveu se mostrar à
sociedade não indígena e reivindicar os seus direitos.
Basicamente
todos falam a língua materna, além do português, e há casos em que se fala o
espanhol e também o Ashaninka. Predomina, no entanto, a língua Pano, falada
principalmente pelos Arara e Jaminawa que fazem parte da composição étnica do
povo.
Em
agosto de 2000 a Funai divulgou o relatório de identificação do povo
confirmando o reconhecimento desse povo como sendo indígena e indicando que, em
razão de serem indígenas, precisariam ser assistidos pelo órgão indigenista
oficial. A partir daí se intensificou a luta pelos seus direitos, principalmente
o direito a terra.
Os
Apolima-Arara não possuem escola diferenciada nem professores indígenas. No
entanto, há, no Rio Amônia, próximo à área onde mora boa parte da população,
uma escola cujo professores mantém boas relações com a comunidade. Não possuem
agentes de saúde indígenas e a assistência à saúde é feita no posto da cidade
de Marechal Thaumaturgo ou, esporadicamente, pela Funasa, através de convênio
com a UNI.
Residem
em áreas de terras pertencentes ao Exército brasileiro, à reserva extrativista
e em um assentamento do Incra. Alguns desses indígenas conquistaram lotes no
assentamento Amônia e ali praticam a agricultura de subsistência.
Apesar
da proximidade com a cidade, mantém vivas as tradições, inclusive o artesanato.
Quando tem excedente de produção, a comercialização é feita diretamente com os
consumidores em Marechal Thaumaturgo.
Não
há nenhum projeto implantado ou em fase de implantação junto a esse povo.
Alguns moradores do assentamento conseguiram financiamento com o Basa, mas nada
que possa ser considerado como um investimento direto e planejado.
Posto
que estão em áreas separadas, próximas à cidade e sob influência de não índios,
os Apolima-Arara estão praticamente impossibilitados de exercerem a atividade
da caça. A pesca só é realizada durante o verão e apenas para o consumo. A base
da alimentação desse povo é a macaxeira, natural ou em forma de farinha. Também
da macaxeira fazem a caiçuma, bebida muito apreciada por todos e consumida
durante as festas e reuniões.
Consideram-se
católicos, mas praticam a pajelança e rituais próprios. Há uma separação entre
o pajé e o curandeiro. O curandeiro normalmente utiliza o conhecimento das
ervas e rezas “milagrosas” enquanto o pajé, que se mantém em segredo, atua no
restrito meio espiritual, não realiza curas, apenas orienta para uma boa vida
espiritual, dá conselhos e faz previsões.
A
família é patrilinear, obedecendo ao costume dos ribeirinhos e seringueiros da
região. Tradicionalmente praticavam a poligamia, mas atualmente os casamentos
são monogâmicos e o núcleo familiar é formado pelo pai, a mãe e os filhos. A
relação com a comunidade é extrafamiliar, por isso o roçado, bem como toda a
produção, embora tenha a participação eventual da comunidade, se dá no restrito
meio da família nuclear. Os nomes pessoais são dados pelos pais, quase sempre
em português, e lembram nomes de antigos seringalistas e patrões. Não é raro
encontrar várias pessoas com o mesmo nome e sobrenome. Por exemplo: “Francisco
dos Santos Siqueira”.
Os
Apolima-Arara têm tido constantes conflitos com parceleiros do Incra e com a
administração municipal que não querem que a área reivindicada se torne terra
indígena. Segundo dados do Incra o Projeto de Assentamento Amônia possui 26.000
ha. Sendo que boa parte não está cumprindo a função de regularização fundiária,
mas está destinada ao Parque Nacional da Serra do Divisor. A outra parte,
pertencente ao Exército brasileiro, está destinada à construção de um “quartel”
para pelotão de fronteira. No entanto, não há nenhum pronunciamento oficial do
Exército a esse respeito e nem indícios de que tal quartel venha a ser
construído.
Estudos
mais aprofundados sobre esse povo têm sido feitos pelo CIMI e, acredita-se que,
com a conquista da terra, o povo voltará à sua organização tradicional,
favorecendo o estudo e a consequente compreensão do modo de vida e da cultura
do povo.
POVO HUNI KUIN / KAXINAWÁ
Os índios
Huni Kuin, também conhecidos como Kaxinawá, habitam em Marechal Thaumaturgo em
especifico no Rio Breu, fronteira brasileira-peruana, em uma terra Indígena com
31.277 hectares
Os Huni Kuin
pertencem à família linguística Pano. “Os grupos Pano designados como nawa
formam um subgrupo desta família por terem línguas e culturas muito próximas e
por terem sido vizinhos durante um longo tempo. Cada um deles se autodenomina hunikuin, homens verdadeiros”, diz a
pesquisa.
Suas atividades produtivas se
organizam a partir da divisão sexual do trabalho, cabendo, ao homem, a guerra, a caça e a pesca. O domínio da maior parte das técnicas de pesca
pertence ao homem. Utilizam anzóis (mesmo antes do contato com a
civilização europeia) feitos com ossos de animais. Pescam com vários tipos de timbó, sendo que as mulheres participam da colheita de
algumas espécies (o puikama).
Também praticam essa atividade em pequenos igarapés, reservando-se, ao homem, a pesca nos lagos, com
espécies mais venenosas (Lagrou).
Cabem, às mulheres, as atividades da coleta,
colheita, preparação de alimentos e plantio. Plantam banana, mandioca, feijão,
amendoim e algodão em roçados. Os homens participam da preparação do terreno,
derrubada da floresta e da coleta caso seja preciso subir numa árvore, como nos
casos do açaí (pana), patoá (isa), sapota (itxibin), jaci (kuti), aricuri (xebum), bacaba (pedi isan) e palmito.
Os homens também trazem frutas
quando não têm sorte na caça. As mulheres também são responsáveis pela
tecelagem (algodão), fabricação de cestos e cerâmica.
O xamanismo entre os caxinauás é uma atividade
predominantemente masculina e de mulheres mais velhas. O poder xamânico (muka)
vem do contato com o mundo sobrenatural que acontece nos rituais coletivos, através dos sonhos, do uso do rapé e da bebida nixi pae - ayahuasca.
O xamã (mukaia) cura
seu muka e obtém suas visões (yuxin)
cheirando rapé (dume) ou através do nixi
pae. Para Keifenheim, os xamãs, em sua prática etnomédica, utilizam, preferencialmente,
a fumaça do tabaco (dume), capaz de
embriagar os espíritos e, assim, liberar o espírito humano preso por aqueles
para o nixi pae. Recorrem a essa bebida para
dialogar com os espíritos somente quando seus métodos não alcançam a cura
almejada.
O poder espiritual (muka)
do xamã pode matar e curar sem usar força física ou veneno. Os caxinauás distinguem dois tipos de remédio (dau):
os remédios doces (dau bata) são folhas da mata, certas secreções e animais e os adornos corporais; os remédios
amargos (dau muka) são os poderes invisíveis dos espíritos e do mukaya.
A atividade de identificar,
coletar remédios (huni dauya -
homem com remédio doce, ervatário) nem sempre é realizada pelo huni mukaya (xamã), requerendo um processo de
aprendizagem com outro especialista nesse saber.
COMUNIDADES E VILAS
“O Seringal Minas Gerais Agora é o Municipio de Marechal
Thaumaturgo, e, Como Municipio se Organiza e se Divide em Vilas e Comundades”.
O Municipio de Marechal
Thaumaturgo tem hoje mais de 30 Comunidades ou Vilas distribuidas no alto e
Baixo Juruá, Rio Tejo, Rio Bajé, Rio Amônia, Rio Acuriá e Rio São João.
A maior e mais distante delas
a Vila Restauração, endereçada no Rio Tejo; contendo mais de 400 moradores,
mais de 50 residencias, esnino infantil, fundamental e médio, posto de saúde.
Nesse quesito, com denominação de Vila, se destacam as Vila Triunfos e Oriente,
ambas com endereço no Baixo Juruá, aonde residem centenas de ribeirinhos, os
quais já contam a energia 24 horas – do Programa Luz Para Todos.
Como Vila também se destaca a
Vila Foz do Breu – primeira Vila do Municipio, a qual faz fronteira
internacional com o Peru. A então Vila conta com dezenas de moradores, que
usufrem do posto de saúde, e ensino primário, fundamental e médio.
Atualmente a Comunidade
Beolfort, endereçada no Alto Juruá, vem se destacando por sua organização,
aonde residem dezenas de moradores, os quais contam com um posto de Saúde e
escola de ensino primário e funtamental.
Dentre outras comunidades
estão:Baixo Juruá - Boa Vista e Estirão do Porongaba;Alto Juruá - Mississipi, Acuriá,
Tapaúna, São João, São Luiz e Pedra Pintada; Rio Tejo - Irassu Novo, Horizonte,
Maranguape; Rio Bajé – Comunidade Remanso.
A PRESENÇA DO EXERCITO BRASILEIRO
“Envoltos
no sol da vitória / Ergue o peito, herói deslumbrado / Espulsando com honra o
estrageiro / É o Brasil por seus filhos amado”.
O Exercito Brasileiro, através do 61º Batalhão de
Infantaria e Selva / Batalhão Marechal Thaumaturgo de Azevedo (Sentinela do
Extremo Ocidental) se faz presente no Município de Marechal Thaumaturgo desde
anos2004/2005 através do Destacamento Especial de Fronteira.
Está em andamento a construção da sua base
localizada a margem direita do Rio Juruá e foz do Rio Amônia.
TURISMO
“As
riquezas naturais e os povos tradicionais como a maior riqueza turistica de
Marechal Thaumaturgo”.
Não há uma organização, tanto por parte do Poder
Publico ou da iniciativa privada que explore o turismo em Marechal Thaumaturgo,
ou que use este como uma fonte de economia.
Apesar de não serem muitas as referências de pontos
turístico do município; há sim lugares que visitantes do estado, do país e fora
do país ao visitaram o município almejam conhecer, aqui destaco: Centro Yorenka
Âtame, Aldeia Apiwtxa, Aldeia Kuntamanã, Santuário de Nova, dentre outros.
Centro
Yorenka Antame:Idealizado
em 2007, por sete irmãos da família Piyânko Ashaninka, o Centro Yorenka Âtame –
que quer dizer “Saberes da Floresta” funciona como um espaço de formação,
educação, intercâmbio e difusão de práticas de manejo sustentável dos recursos
naturais da região. Aberto para jovens e adultos, o Centro, à margem direita do
Rio Juruá, em frente do município de Marechal Thaumaturgo, desenvolve trabalhos
nas áreas de proteção da biodiversidade, do meio ambiente, manejo de recursos,
práticas agros florestais e outras.
Aldeia
Apiwtxa:Uma das maiores
aldeia do povo Ashaninka de todo território nacional. No Município de Marechal
Thaumaturgo estar endereçada no Rio Amônia, cerca de três horas de viagem de
embarcação pequena. Foi criada em 1995. Possui vários
rituais: Ritual kamarãpi (feito
apartir da bebida feita de ayuaska). A cerimônia é sempre realizada à noite e
pode se prolongar até de madrugada. O kamarãpi se
caracteriza pelo respeito e silêncio. Ritual piyarentsi, por
sua vez, possui uma dimensão mais marcadamente festiva. O ritual constitui o
principal modo de sociabilidade e de interação social entre os grupos
familiares Embriagar-se nessa ocasião é sempre um objetivo e motivo de orgulho.
Os homens demonstram sua resistência física, passando dias e noites bebendo,
indo de casa em casa, sem dormir. No auge da embriaguez, os Ashaninka tocam
suas músicas, dançam, riem. Afirmam que fazem piyarentsi para
homenagear Pawa, que se alegra vendo os seus filhos felizes. Foi durante uma
reunião de piyarentsi que Pawa reuniu seus filhos,
embebedou-os e realizou as grandes transformações antes de deixar a Terra e
subir ao céu.
Aldeia
Kuntamanã:É
umas das 07 (sete) Aldeias do Povo Indígena Kuntanawa de Marechal Thaumaturgo,
endereçada no alto Rio Tejo, (distante um dia de embarcação pequena) no
interior da Reserva Extrativista (Resex) do Alto Juruá. É considerado sagrado, sendo
essa uma aldeia milenar. Realizam
rituais com a bebidaayahuasca.Confeccionam artesanatosa partir dos já
conhecidos e dos exemplos das outras terras indígenas.
Santuário de Nova Olinda:Trata-se de um local onde os devotos 'pagam' as suas promessas, deixando
roupas, cordão e anéis de ouro, cabelo, milagres feitos de madeiras, caixas de
fogos, etc. Chegando ao local, podemos encontrar uma misteriosa casa com cruzes
e a sepultura dos dois irmãos. O local fúnebre fica à margem direita do igarapé
São Luís, estes locais servem para armazenar as oferendas feitas pelos devotos.
PRÁTICA DESPORTIVA
“O esporte
não apenas como competição, mas como também, uma ferramenta de educação, e,
como uma das únicas opções de Lazer de Marechal Thaumaturgo”.
Pratica-se no Munícipio de
Marechal Thaumaturgo05 (cinco) modalidades desportiva, sendo elas: Futebol,
Futsal, Voleibol (Quadra e Praia), handebol (Praia e Quadra) e Atletismo.
A primeira prática desportiva da
então municipalidade foi o Futebol, o qual, nos dias atuais é o esporte mais praticado
por municipes da sede e do interior. A sede (zona urbana) não oferece muitos
espaços para a prática do Futebol, contendo apenas dois campos de Futebol: o
campo do 61º bis e o recém-inaugurado Estádio “Arena Thaumaturgo”. Também se destacam
aí os espaços para a prática do Futebol Socity: Campo do Centro Yorenka Antame,
Campo do Centro Espeirita Beneficente União do Vegetal e Campo do Sr.
Venceslau. Já no interior quase todas as comunidades e villas possui seus
espaços para a prática do Futebol.
O segundo esporte mais
praticado no municipio é o Futsal. Na sede é o esporte mais praticado entre o
publico infantil, infanto juvenil. Há somente dois espaços para a prática do
então desporto no municipio; um na sede e no interior (Vila Foz do Breu). Há dois
espaços/quadras na sede e um (espaço/quadra) na Vila Foz do Breu. A referida
prática desportiva é a única que possui um calendário fixo de competição,
taanto para o publico adulto como para o publico infanto juvenil. A tres anos é
realizada o Campeonato Thaumaturguense de Futsal em Série A e Série B, e, há 06
anos é realizado o Campeonato Thaumaturguense de Futsal (Copinha) Naipes Sub
11, Sub 14 e Sub 17.
A prática do Voleibol rivaliza
com a prática do Futsalo segundo o lugar dos desportos mais praticado no
municipio. Seja na quadra ou na areia; o voleibol é praticado nos bairros da
sede, e, nas comunidades e vilas do interior. Em números totais chega a ser
praticado por centenas de municipes. Na sede, há tres anos que é realizado o
Campeonato Thaumaturguense de Voleibol (em série éunica).
Há 08 (oito) foi implantado no
municipio pelo publico jovem, a prática do Handebol Indoor e Beach (Handebol de
Quadra e de Areia). É um dos desportos mais praticado na sede entre o público
estudantil. O referido desporto possui uma Liga local LTH (Liga Thaumaturguense
de Handebol). Há 05 (cinco) é realizado o Campeonato Thaumaturguense de
Handebol (em série única).
A ultima prática desportiva
implantada no Município de Marechal Thaumaturgo, também por iniciativa do
publico jovem é a prática do Atletismo – Provas de 100, 200 e 400 Metros Rasos,
3000 metros Rasos, Salto em Distância e Maratona.A então prática desportiva
dar-se mais em eventos especificos, tais como: Jogos Escolares, Aniversário da
Cidade e Jogos da Juventude Thaumaturguense. Dezenas de municipes disputam as
provas de atletismo nos eventos anteriores mencionados.
Vale ressaltar que a prática esportiva no Municipio de
Marechal Thaumatur´go dar-se não apenas como forma de competição, mas como
também, uma ferramenta de educação, e, como uma das únicas opções de Lazer, de
socialização e de confraternização entre o publico praticante o público
prestigiante.
Os últimos anos foram marcados por mudanças na
forma de se organizar a pratica esportiva no município. Houveimplantação, inovação,
documentação e realização de competições fixas. Foram criadas novas equipes
(Futebol, Futsal, Handebol e Voleibol) com um trabalho voltado a identidade
dessas equipes.
SANTUÁRIOS DE PEREGRINOS
“Lenda?
Mito? Ou Simplesmente Fé! A História dos Santuários das Almas de Nova Olinda do
Anjinho da Pedra”?
Há nas terras Thaumaturguense
dois lugares, considerado por muitos santuários, os quais mexem com o místico e
com a fé de muitos moradores locais e até de pessoas de fora do Municipio.
Ambos os lugares estão
endereçados na zona rural; um distante cerca de 30 minutos de embarcação
pequena, outro cerca de um dia de embarcação pequena e um dia a pé.
Recebem todos os anos dezenas
de peregrinos que encontram nos referidos santuários, guaridas para suas
feridas, dores e perdas. Encontram nos referidos locais um elo de ligação entre
sua fé e um pedido ou promessa atendida.
NOVA OLINDA
Saindo do Município de
Marechal Thaumaturgo, subindo até um afluente do rio Juruá nomeado como igarapé
Caipora, chega-se em um lugar popularmente considerando milagroso. O caminho
até esse local misterioso não é fácil.
Ao deixar o Juruá, seguindo
viagem pelo seu afluente, arrastando canoa nas cachoeiras durante todo o dia.
Ao chegar ao final do dia, onde se deixam as embarcações e pernoitam. No dia
seguinte, os pagadores de promessas seguem pelos varadouros, caminham três
horas atravessando pontes e subindo ladeiras e chegamao igarapé São Luís.
Assim, chega-se ao misterioso local, no meio da mata, conhecido localmente como
Almas de Nova Olinda, ou simplesmente Nova Olinda!
Trata-se de um local onde os
devotos “pagam” as suas promessas, deixando roupas, cordão e anéis de ouro,
cabelo, milagres feitos de madeiras, caixas de fogos, etc. Chegando ao local,
podemos encontrar uma misteriosa casa com cruzes e a sepultura dos dois irmãos.
O local fúnebre fica à margem direita do igarapé São Luís, estes locais servem
para armazenar as oferendas feitas pelos devotos.
Segundo o relatos de moradores
mais antigos, residente das Rio Caipora e comunidades vizinhas, esse local é
considerado milagroso, porque, certo dia três irmãos vindo do Ceará, foram
limpar uma estrada para cortarem seringa. Nesse percurso eles foram
surpreendidos por índios não civilizados, que atacaram os mesmos, deixando dois
mortos e um ferido.
O terceiro irmão – que ficou
ferido só escapou devido ter se escondido “enterrado” nas areia de uma praia de
um igarapé. Nesse esconderijo, o mesmo fez uma promessa para São Francisco e
assim, os índios não conseguiram encontrá-lo.
Após os índios terem desistido
decaça-lo, o sobrevivente saiu a procura de ajuda no seringal Restauração (hoje
Vila) para fazer o sepultamento de seus dois irmãos, aonde o patrão do referido
seringal, chamou todos seus seringueiros para ir buscar os corpos.
Passando mais de uma semana,
eles chegaram ao local onde seus irmãos estavam mortos. Eles constataram que os
mesmos estavam com os corpos em perfeita conservação, como se eles estivessem
morrido naquele mesmo momento.
Após essa constatação,
sepultaram os dois irmãos em um mesmo túmulo à beira do igarapé São Luís. De lá
para cá, Almas de Nova Olinda vem sendo um local considerado milagroso pelos
seus fiéis. Até hoje, nessa sepultura, as pessoas rezam terços e acendem
velas como forma de agradecimento pelo milagre acontecido em suas próprias
vidas.
Para os populares que
frequentam esse local e acreditam nesse milagre, a água do Rio São Luís são
consideradas milagrosas, aonde todos que vão até lá, devem se banhar,
simbolizando um batismo, retirando todos os males que estão impregnados no
próprio corpo.
O ANJINHO DA PEDRA
Localizado
na comunidade Foz do Tejo, no Rio Juruá, na margem direita, aproximadamente uma
(01) hora de viagem chega a um ponto de pagamento de promessas conhecido como
Anjinho da Pedra. O único meio de chegar a esse lugar é através de barco.
Comprovado
como lugar de grandes milagres, atrai pessoas de vários lugares para pagarem
promessas diante do milagre recebido na vida. Segundo depoimentos de moradores
mais antigos do lugar, o Anjinho da Pedra recebeu esse nome devido um milagre
acontecido. Para eles, um casal teve um filho e devido um problema grave de
saúde, a criança veio a orbito. Então, seus pais enterraram a criança na mesma
comunidade.
Devido à
tristeza que tomou do casal, resolveram ir embora para Cruzeiro do Sul. Muitos
anos se passaram e os pais da criança resolveram pedir permissão aos seus
familiares que ficaram na comunidade Foz do Tejo, para enterrar o corpo
novamente no lugar onde estavam morando, em Cruzeiro do Sul.
Os
familiares atenderam ao pedido. Ao desenterrar o caixão e abri-lo, eles foram
surpreendidos porque o corpo da criança estava em perfeito estado. Diante dessa
surpresa atônita, resolveram mandar buscar um padre.
Quando o
religioso chegou ao lugar e viu o corpo da criança, pediu à família que
deixasse no mesmo lugar e fizesse uma catacumba. O padre santificou a criança
como, “O Anjinho da Pedra”.
A partir
daí seus devotos vão pagar suas promessas no local por acreditarem haver uma
força espiritual que contagia os fiéis.
A PRIMEIRA RESERVA EXTRATIVISTA DO ACRE E DO
BRASIL
“A
primeira Reserva extrativista do Acre e do Brasil. Aonde se encontram quatro Terras Indígenas, o
Parque Nacional da Serra do Divisor, a Resex do Alto Tarauacá (que parte de sua
área encontra-se no Município) e aResex do Riozinho da Liberdade”.
Reserva Extrativista do Alto Juruá – criada em
1990, foi a primeira Reserva Extrativista no Brasil. Ela possui de
aproximadamente 506.186 hectares e abriga perto de 508 famílias que vivem
espalhadas por colocações em diversos seringais.
O principal acesso à reserva é pelo Rio Juruá e por
seus afluentes, como o Rio Tejo. Na reserva são desenvolvidas diversas
atividades, entre elas a confecção do couro ecológico, um tecido emborrachado
feito do látex da seringueira.
No entorno da reserva se encontram quatro Terras
Indígenas, o Parque Nacional da Serra do Divisor, a Resex do Alto Tarauacá (que
parte de sua área encontra-se no Município) e a Resex do Riozinho da Liberdade
que formam um grande corredor ecológico de áreas protegidas.
O PRIMEIRO JORNAL IMPRESSO DO ACRE
“O Progresso,
editado pelo Sr. Otávio Mendes, na foz do Rio Amônia, no antigo Seringal Minas
Gerais foi, pelo que se tem registro o primeiro Jornal impresso publicado no
estado do acre”.
O primeiro jornal impresso no estado
do Acre que se tem registro foi publicado no dia 07 de Setembro de 1904, as
margens do Rio Amônia no antigo Seringal Minas Gerais – hoje município de
Marechal Thaumaturgo. Foi editado pelo Sr. OTÁVIO MENDES, e, era denominado “O
PROGRESSO”. Tem-se o conhecimento de 03 (três) edições publicadas; como consta
no livro “Trabalhadores da Floresta do Alto Juruá – Cultura e Cidadania na
Amazônia” de Enock da Silva Pessoa.
Teve
sua primeira edição publicada no dia 07 de Setembro, tendo como noticia
principal a respeito de um almoço oferecido aos brasileiros oferecido pelo
representante do Governo Peruano o Sr. Manoel Ramirez Hurtado.
No
dia 01 de Outubro do mesmo ano (1904) é publicada a terceira edição,
denunciando o completo abandono a que a população local estava exposta pela
falha das autoridades politicas e policiais brasileiras:
Quatro
dias depois, especificamente no dia 05 de Outubro de 1904, é publicada a ultima
edição até então identificada do referido jornal. A publicação anuncia a boa
noticia da resolução do conflito armado, ocorrido às margens do Rio Amônia
entre Brasil e Peru, firmado no Rio Janeiro entre o Barão de Rio Branco
(Ministro das Relações Exteriores do Brasil) e o Dr. D. Hernan Velarde
(Ministro Plenipotenciário do Peru).
De
2008 a 2013 o município voltou a ter um informativo comunitário impresso (de
responsabilidade do Grupo de Teatro GETD) de nome “GETD NEWS”. Atualmente o
município não conta ou não tem nenhum Jornal Impresso em circulação.
GEDEÃO CAVALCANTE: O MAIOR ESCRITOR, COMPOSITOR
E POETA DE M. THAUMATURGO.
No
dia 29 de Novembro de 2016, fez-se 02 (dois) anos que partiu para a vida eterna
José Gedeão da Silva Cavalcante; um dos maiores artista de nossa cidade, de
nossa região e de nosso estado. O acreano que mais escreveu sobre Marechal
Thaumaturgo - em poemas, versos, prosas poéticas e músicas.
O
maior compositor, inscrito e poeta de Marechal Thaumaturgo nos deixou
fisicamente, porém não espiritualmente; nas mentes, nas lembranças e nos
corações de milhares de Thaumaturguenses ele continua vivo... Eternamente vivo!
Levou
em seu adeus uma história de vida de um profissional dedicado e competente, e,
um artista consagrado. Deixou como legado músicas, poemas, prosas e versos que
cantam e poetizam o lugar que escolheu para viver e morrer.
BIOGRAFIA:
RECOMEÇAR SEMPRE
José
Gedeão da Silva Cavalcante nasceu no Seringal Mato Grosso no Município de
Tarauacá, estado do Acre, no dia 14 de Março do ano 1959, filho do Sr. Raimundo
Pinheiro Cavalcante e de Dona Maria Ideuzuite da Silva Cavalcante. Teve 11
(onze) irmãos.
Aos
12 anos de idade se muda para a zona urbana do município que nascera. Na então
municipalidade trabalhou em embarcação fluvial, foi empreiteiro, trabalhou em
fazendas, foi professor. Morou fora do Acre (Alagoas e Olinda) aonde trabalhou
como noteiro dos chamados patrões.
Nesse
período, se casa pela primeira vez, aonde tem o seu primeiro filho, porém é
obrigado a se mudar para Nazaré para trabalhar como contador. Na referida
cidade se casa pela segunda vez, tendo mais um filho. Sua companheira falece,
trazendo dias de tristezas para nosso escritor, poeta e compositor.
Se
muda para Marechal Thaumaturgo no ano de 1982, aonde vai morar no Rio Tejo. Se
casa novamente – dessa união nasce três filhos. Casamento que chega ao fim seis
anos depois. Com o passar dos anos, se casa com sua ultima companheira, com
quem teve mais três filhos.
Em
seu adeus a vida terrena, deixou órfão de seu carinho e de seu eterno amor 08
(oito) filhos: Helane Maria Costa Cavalcante, Elinne Maria Costa Cavalcante e
José Gedeão da Silva Cavalcante Junior (filhos de seu ultimo enlace matrimonial
com Maria de Jesus Costa Cavalcante), e, Frank José da Silva Cavalcante, Mary
Jordeane da Silva Cavalcante, Fernando José da Silva Cavalcante, Fredson Freire
da Silva e José Dolmã dos Santos Cavalcante, filhos dos primeiros casamentos.
Já
morando na zona urbana de Marechal Thaumaturgofoi nomeado oficial de serviços
Judiciários em Tabelionato (Registro Civil). Registrou centenas de
Thaumaturguenses nas suas viagens a trabalho para o Rio Tejo, Vila Restauração
e Vila Foz Breu. Foi servidor também da Secretaria Municipal de Educação
Cultura e Desportos nos primeiros anos de emancipação de Marechal Thaumaturgo.
Depois foi lotado na Secretaria de Municipal de Saúde aonde prestou serviços e
se decepcionou com as condições de trabalho.
No
ano de 2004 foi eleito o segundo vereador mais bem votado das eleições
municipais daquele ano.Foi eleito membro do Poder Legislativo Municipal de 2004
pelo o Partido Social Brasileiro (PSB).Função que deixou de exercer após ser
convidado para ser Secretário Municipal de Meio Ambiente na Gestão do
Ex-Prefeito Itamar de Sá. Trabalhou na casa sede do Poder Legislativo Municipal
de Marechal Thaumaturgo no serviço de registro de atas. Ao deixar de ser
servidor público municipal trabalhou como protético e dentista.
O ARTISTA E
SUAS INSPIRAÇÕES
José
Gedeão da Silva Cavalcante levou em seu adeus, uma história de vida que muitos
Thaumaturguenses tiveram a oportunidade de viver e conviver com ele, e, que o
tempo jamais apagará... Levou seu violão, levou a bandeira de Marechal
Thaumaturgo e levou a coletânea do seu ídolo na música e na vida, Teixerinha.
Suas
maiores paixões eram a música e a poesia. Suas inspirações estavam na cidade
que nasceu, na cidade que escolheu para viver, na família que gerou e que amou,
nos sentimentos – amizade, tristeza, amor, desilusão; na natureza, nos lugares
e nas aventuras que viveu e vivenciou.
Tinha
conceitos tradicionais, mas era um cidadão de “mente aberta” e de opiniões
flexíveis, presava pela hospitalidade para com os seus visitantes, e sua
simpatia era fortalecida na elegância de seus traços poéticos e humorados.
Na
música seus maiores ídolos eram Teixerinha e Gildo Freitas. O seu mais doce
sonho era conhecer seu ídolo Teixerinha e vê-lo cantar com Mary; sonho que
realizou em 1975 em Rio Branco em um show de ambos na Capital do Estado.
Encontro que só aumentou sua paixão e inspiração em compor músicas e escrever
poesias e prosas poéticas.
COMPOSIÇÕES, POEMAS, CORDÉIS E PROSAS POÉTICAS.
Sua
obra é extensa e numerosa! Sua vida artística é composta por letras de músicas,
poesias, prosas poéticas, textos de homenagens, textos infantis e cordéis.
O
Site Recanto das Letrascontém 210
(duzentos e dez) obras publicadas, sendo 01 (um) cordel, 01 (um) teoria
literária, 02 (dois) textos infantis, 12 (doze) textos de homenagens, 52 (cinqüenta
e dois) letras de músicas, 60 (sessenta) poesias e 82 (oitenta e dois) prosas
poética.
Seus
textos de Homenagens (12 publicados) têm como referência ou inspiração amizade,
mulher, netos e beleza. Destacam-se os textos: Dia da Mulher, Ana Clara,
Lembrança de Amigo, O Dom Que Me Inspira,
A Turma da Tarde e Miss Thaumaturgo.
Já
as suas composições – letras musicais (52 publicadas) têm inspiração à cidade
de Marechal Thaumaturgo, Personalidades Antigas Marechal Thaumaturgo,
Seringueiros, seu Pai e sua Mãe, Filho, Natureza, Vida, Solidão, sua Cidade
Natal (Tarauacá), e o próprio estado Acre. Destacam-se como suas mais marcantes
e conhecidas composições: Pai Adorado,
Manoel Araújo, Nos Braços da Solidão, Homenagens aos Seringais, Parabéns
Elinne, A Natureza é Vida, As Volta da Vida, Parabéns Teixerinha, Mãe, Voltando
a Minha Cidade, Filha, Minha Cidade, Papai Partiu Para o Céu, Como se Criou o
Acre, Nova Homenagem a Marechal Thaumaturgo, Meu Filho Meu Anjo, É Grande
Solidão, Mãe, Que Saudade, Nossas Lembranças, Faces Molhadas, Dona Zoraida
Partiu, Voltas da Vida, Dois Tauras do Rio Grande do Sul, A Pracinha, A Minha
Avó, dentre outras.
Quanto
as suas obras poéticas – Poesias (60 publicadas) sua inspiração vem da própria
cidade de Marechal Thaumaturgo, Despedida, Região, Amizade, Dedicatórias,
Família, Solidão, Esperança, Desilusão, Natureza, Família, Educação, Tristeza e
Amor. Nessa área destacam-se como suas mais marcantes e conhecidas Poesias: O Pranto Ninguém Segura, vai Ser Triste a
Solidão, Se Essas Flores Falassem, O Amor e a Família, É Verdade Mamãezinha,
Despedida das Aulas, , A Família, Meu Amigo Meu Violão, São Lembranças de Você,
Estudar, Grande Mãe, Ao Meu Neto David, Obrigado Minha Filha, Onde Eu Vivo, Mãe
Adorada, Momentos Tristes, Tributo a Um amigo, dentre outras.
Sua
obra mais numerosa em publicações no site dantes mencionado (Recanto das
Letras) se refere as suas Prosas Poéticas (82 Publicadas). Nesse contexto, sua
inspiração, assim como nas demais áreas (Musicas e Poesias) são vem da própria
cidade de Marechal Thaumaturgo, Locais Públicos de M. Thaumaturgo, Amigos,
Filhos, Netos, Personalidades Mundiais – Locais e Regionais, Artes, Educação,
Liberdade, Festivas, Povos Indígenas, Sentimentos, Cultura, Erros, Preconceito,
dentre muitas outras. Nesse contexto, ou nessa área se destacam-se como suas
mais marcantes e conhecidas Poesias: A Nossa
Praça, Oh Liberdade, O Amor, A Politica,
Diferença do Amor, Por Lembrança, Cidadania Politica, Agradeço a
Professora, A Galera de Cruzeiro do Sul,
Beleza, Saudação ao Professor, Agradeço as Crianças, Filho Cresce e Se Vai,
Livros Bíblicos, A Menina do Interior, o Índio, Preconceito, Aceitarei a Morte,
, A Minha História, O Poeta, Nossa Cultura, Bela Thaumaturgo, História de Um
Filho, Grande Mãe, outras.
O LEGADO DE
GEDEÃO CAVALCANTE
Pelo
que viveu, pelo que fez, pelo que compôs, pelo que poetizou, pelo que lutou,
pelo que defendeu e pelo que sonhou... Gedeão Cavalcante é o próprio legado de
um município que ajudou idealizar e emancipar! Gedeão Cavalcante se tornou o
Senhor de sua história e de seu tempo!
Toda
vez que o Hino de Marechal Thaumaturgo for entoado e cantado, toda vez que um
professor falar em sua aula de história sobre as grandes personalidades
Thaumaturguenses, toda vez que alguém em uma determinada roda de conversa falar
dos artistas locais, toda vez que a bandeira de Marechal Thaumaturgo for
hasteada, toda vez que o nome Marechal Thaumaturgo for citado por referência de
beleza, de arte, de encanto, de acolhimento, de hospitalidade; Gedeão
Cavalcante estará lá, vivo nas mentes e nos corações de muitos, de tantos e de
milhares! Vivo nas suas obras, nas suas músicas, nos seus versos e nos seus
poemas... Estará sempre vivo em seu legado.
Por
fim... A vida, o trabalho, a obra (Poemas, Músicas e Versos) de Gedeão
Cavalcante fazem dele o maior poeta e compositor de nossa municipalidade. É um
legado que se eternizará ao longo de toda história de Marechal Thaumaturgo.
NA ROTA DA PRÉ- HISTÓRIA
“Seu Renato mota improvisou um museu em sua própria
residência, e, guarda fósseis de Purussaurus, Mastodonte e Preguiça e tartaruga
gigante”.
Há mais de 30 anos, o Policial Civil aposentado Renato Bezerra Mota, com
mais de 75anos de idade, se dedica a colecionar fósseis de animais
pré-históricos encontrados no município de Marechal Thaumaturgo. Integram a então coleção;
fósseis de Purussaurus, Mastodontes, Tartaruga e Preguiça Gigantes.
O Sr, Renato Mota, como é conhecido na cidade; conta que já encontrou
mais de 60 (Sessenta) fósseis, boa parte destes, às margens do Rio Juruá. “Os
locais onde costumo encontrar os fósseis foram vistoriados por pesquisadores
ingleses, americanos e alemães na década de 80. Alguns já estavam expostos por
conta do desbarrancamento do rio”, conta o colecionador.
Sem espaço no município para expor sua coleção ao público, Renato Mota
improvisou um museu em sua própria residência para guardar as raras peças
de fósseis. Por causa da quantidade encontrada, ele diz que está deixando de
coletar por falta de espaço na moradia.
Os fósseis foram identificados pelo paleontólogo Alceu Ranzi da
Universidade Federal do Acre (UFAC), como sendo de Purussaurus, Mastodonte,
Preguiça Gigante e Tartaruga Gigante. "Eu estive lá, vi toda coleção e
deixei tudo anotado para ele. A recomendação que eu dei foi que a coleção deve
ficar no próprio município como patrimônio histórico da cidade. Não tem porque
sair de lá, se tem uma população que merece ter acesso", disse o
paleontólogo.
Renato Mota lembra que começou a se interessar pelo assunto na década de
80, depois que comprou de um morador do município dois fósseis: um maxilar e um
fêmur de um animal não identificado.
“Quando comecei a pesquisar sobre fósseis, querendo descobrir que tipo
de animal pertencia os ossos que comprei, fui me identificando e pegando gosto
pela coisa. Comecei a pesquisar em algumas áreas do município onde existia
indícios de fósseis e encontrei”, diz Renato.
Hoje, a residência do colecionador se tornou um dos pontos turísticos do
município. “Tenho recebido em minha casa turistas e pesquisadores, acadêmicos
da Universidade Federal do Acre e alunos do ensino médio de escolas públicas da
região, em busca de informações sobre estas espécies de animais que já viveram
em nossa região”, comenta Renato.
UMA
THAUMATURGO DE NOVOS TEMPOS E NOVOS SONHOS
“Trocando a faca de seringa, as tigelas e o balde;pelo lápis, pelos
cadernos e pelos livros”.
Lindalva Soares e Francisco Braz - Desbravadores da Educação e Saúde no Município de Marechal Thaumaturgo |
Após os 112 anos da histórica
“Batalha do Amônia” ou da “Guerra da Trincheira”, e, dos 24 anos de
Emancipação; o hoje Municipio de Marechal Thaumaturgo (ex-Seringal Minas
Gerais, e, Distrito e Villa Thaumaturgo) apresenta um cenário de novos tempos e
novos sonhos para os seus municipes.
Um cenário de esperança de
dias melhores para os milhares de moradores desse pedaço de terra que lutou
para acreano, assim o Acre lutou para ser brasileiro.
O barulho dos motores cessa e
o barulho de dezenas de crianças, adolescentes e jovens que chegam ao porto da
cidade vai aumentando, chamando a atenção para alunos e alunas que chegam das
adjacências, nas embarcações de recreio, trazendoe estudantes, rio acima e rio
abaixo.
Um novo cenário; muito
distante daquele dos anos 1904. Um cenário que começou a ser mudado com o
notório, aplausivel e brilhante trabalho da primeira Secretaria de Educação do
Municipio, Lindalva Soares Martins da Rocha, a qual exerceu tal cargo por mais
de 16 anos; sendo colaboradora das gestões dos ex-prefeitos Itamar de Sá,
Leandro Almeida e Aldemir Lopes.
Penso que este novo quadro
social representa o soprar de novos ventos do saber, trazendo esperança para
uma nova geração em busca de mundança socialpor via educacional: são netos e
bisnetos dos pioneiros nordestinos não alfabetizados, que abriram as primeiras
estradas de seringa de nossa região.
Seus filhos não puderam usar
lapis e papel. Agora seus netos e bisnetos têm a faca de seringa, as tigelas e
o balde trocados pelo lápis e as estradas de seringa pelos cadernos e livros.
Outra realidade que apresenta
novos tempos para a jovem municipalidade de Marechal Thaumaturgo, refere-se a
área da saúde. Que conheceu, viveu ou ouviu falar do Seringal Minas Gerais,
Distrito e Villa Thaumaturgo, no decorrer dos anos de 1960, sabe da dificuldade
de conseguir médico clinico geral. Quando as mulheres ficavam grávidas a maior
preocupação era com o parto, pois pela falta de obstetras, muitas mulheres
morriam por não conseguirem ter o filho. Situaçao bastante diferente da
realidade atual, onde o Município já conta médicos, obstetras, técnicos, dentre
outros agentes de saúde. Nesse contexto, vale ressaltar o pionerismo de uma das
maiores personalidade de Marechal Thaumaturgo, Francisco Braz Rodrigues; qual
completou no mes anterior (setembro) 35 (trinta e cinco)
anos de trabalho dedicado à saúde dos ribeirinhos do alto Juruá.
Profissional
que chegou a exercer o Cargo de Secretário Municipal de Saúde; ganhando no ano
de 2011 o “Prêmio Qualidade e Excelência na saúde Pública”. Prêmio que elegeu
os 100 Melhores Secretários Municipais de Saúde do Brasil.
Um outro
cenário modificador do ex-seringal Minas Gerais, Distrito e Vila Thaumaturgo é
o Programa Luz Para Todos, que já beneficia mais 300 famílias (Ribeirinhos e
Indígenas) residentes no Alto e Baixo Juruá, Rio Amônia e Rio Tejo. Ação que
muito facilita a vida de quem resiste em se mudar para a cidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
“Missão Comprida! Uma
homenagem ao meu lugar, a minha cidade... Ao meu canto e meu recanto. Aqui
apresentei sua história, seu povo, suas lutas, suas conquistas, suas tradições,
sua religiosidade, sua economia, sua cultura, suas festas e sua glória”!
Há 112 anos,
especificamente as 05h00min da manhã do dia 05 de novembro de 1904, brasileiros
liderados por Thaumaturgo Gregório de Azevedo, derrotavam tropas peruanas que
tentavam se apossar das terras da Foz do Rio Breu até a Foz do Rio Amônia. A
cidade e o município de Marechal Thaumaturgo só vieram existir oficialmente
muitos anos depois, especificamente no dia 28 de Abril de 1992 – com instalação
no dia 01 de Janeiro de 1993.
Ainda assim, foi
mantida a tradição de comemorar o aniversário de Marechal Thaumaturgo no dia 05
d Novembro, dia da memorável vitória conquistada no longínquo ano de 1904. O
que faz de Marechal Thaumaturgo umas das mais antigas cidades do Acre, por
direito histórico – quase da mesma idade de Cruzeiro do Sul e Sena Madureira.
Uma história bonita
que continua sendo construída e inscrita, nesse pedaço de terra – encontro das
águas do Juruá com as águas do Amônia, pelos filhos, netos e bisnetos que aqui
estiveram há 112 anos.
Com as
palavras desse artigo pretendi fazer uma homenagem aos ilustres moradores do
antigo Seringal Minas Gerais, do Distrito e Villa Thaumaturgo, e, hoje Município
de Marechal Thaumaturgo.
A todos que
transformaram suor em gotas de sangue, aonde em muitas vezes deram suas vidas
até a morte. Suas lutas e conquistas não foram reconhecidas social e
politicamente. Infelizmente, apenas uns poucos ganharam fama de heróis e
benfeitores. Porém, suas lutas não foram esquecidas.
Agora cabe a
nós escrever um novo capitulo na história de nosso município. Dar continuidade
as benfeitorias e conquistas de nossos antepassados.
Que tipo de
cidade queremos para o futuro? Como será sua paisagem física? Quais serão os
paradigmas discutidos pelos cientistas e políticos a respeito de nossa
cidade nos seus próximos anos? Como se darão as relações sociais, em termo de
classe, gênero, de faixa etária de raça? Uma parte das respostas às estas
indagações depende do que fizermos hoje por nossa bela Cidade de Marechal
Thaumaturgo.
REGISTRO FOTOGRÁFICO: DO SERINGAL MINAS GERAIS AO MUNICÍPIO DE MARECHAL THAUMATURGO
REGISTRO FOTOGRÁFICO: BRASÃO, BANDEIRA E AUTORES DO HINO DE MARECHAL THAUMATURGO
REGISTRO FOTOGRÁFICO: ECONOMIA DE MARECHAL THAUMATURGO
REGISTRO FOTOGRÁFICO: EVENTOS CULTURAIS TRADICIONAIS DE MARECHAL THAUMATURGO
REGISTRO FOTOGRÁFICO: PRESENÇA DO EXÉRCITO EM MARECHAL THAUMATURGO
REGISTRO FOTOGRÁFICO: O FUNDADOR DO MUNICÍPIO DE MARECHAL THAUMATURGO
REGISTRO FOTOGRÁFICO: A GEOGRAFIA DE MARECHAL THAUMATURGO
REGISTRO FOTOGRÁFICO: PALCO/CENÁRIO E COMANDANTE BRASILEIRO NA BATALHA DO AMÔNIA OU A GUERRA DA TRINCHEIRA
REGISTRO FOTOGRÁFICO: MARECHAL THAUMATURGO NA ROTA DA PRÉ-HISTÓRIA: COLECIONADOR E COLEÇÃO.
REGISTRO FOTOGRÁFICO: UMA MARECHAL THAUMATURGO DE NOVOS TEMPOS E NOVOS SONHOS
REGISTRO FOTOGRÁFICO: OS POVOS INDÍGENAS DE MARECHAL THAUMATURGO
REGISTRO FOTOGRÁFICO: DESPORTOS PRATICADOS EM MARECHAL THAUMATURGO
REGISTRO FOTOGRÁFICO: PREFEITOS DE MARECHAL THAUMATURGO
REGISTRO FOTOGRÁFICO: A RELIGIÃO EM MARECHAL THAUMATURGO
REGISTRO FOTOGRÁFICO: SANTUÁRIOS DE PEREGRINOS
REGISTRO FOTOGRÁFICO: PONTOS TURÍSTICOS DE MARECHAL THAUMATURGO
REGISTRO FOTOGRÁFICO: O SERINGAL MINAS GERAIS
REGISTRO FOTOGRÁFICO: O DISTRITO E A VILLA THAUMATURGO
REGISTRO FOTOGRÁFICO: O MUNICÍPIO DE MARECHAL THAUMATURGO
Por:
Cleudon França.
Registro
Fotográfico: Cleudon França, Alionnes
Rodrigues, Lucélia Frota, Ricardo Azevedo, e, Blogs - Sites Locais e Regionais.
Fontes
Pesquisadas ou informações: Site Google-Wikipédia,
Livro “Trabalhadores da Floresta do Alto Juruá – Cultura e Cidadania na
Amazônia” de Enock Pessoa. Livro-Artigo “O Papel Decisivo do Marechal
Thaumaturgo de Azevedo na Questão do Acre” de Manuel Onofre. Artigo “A Batalha do
Amônia” de Arquilau Castro Melo, Blog Apiwtxa, Blog Saberes da Floresta. Blog Corredor
Pano, blog shawadawa,
blog a alquimia da cura, Site IBGE, Site AMAC, Site Cidade-Brasil, Site
Cidades-IBGE.
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