“As ações do
Programa PROSER que o Município de Marechal Thaumaturgo viverá nos próximos dois anos (na casa de milhões) são mais que uma grande obra, mais que o desenvolvimento de
uma cidade... As ações são, sobretudo um ato de coragem”!
As obras de
infraestrutura e saneamento do PROSER (Programa de Saneamento Ambiental e
Inclusão Socioeconômica do Acre) no Município de Marechal Thaumaturgo, um
investimento na casa de milhões de reais ainda nem começaram- está em fase de
conclusão do transporte de insumos, equipamentos e maquinários, mas já pode
defini-la como um ato de coragem do Governo do Estado.
Na última
semana do mês que se findou foi iniciada mais uma epopéia para assegurar
direitos básicos dessa municipalidade tão necessitada das obras enunciadas.
O PPROSER
vai investir milhões de reais em distribuição de água, coleta e
tratamento de esgoto, pavimentação, drenagem, coleta e destinação de lixo, no
Município de Marechal Thaumaturgo com recursos do governo do Estado e do Banco
Mundial.
As grandes
obras no município é uma verdadeira epopeia por tratar da localização de nossa
cidade, está localizada no ocidente do Acre, próximo à fronteira com o Peru,
localizado às margens dos rios Juruá e Amônia. Não tem interligação com a
capital ou qualquer outro município por via terrestre. Em linha reta, está a
cerca de 560 quilômetros de Rio Branco. Para realizar qualquer obra na região,
o planejamento de ações é fundamental, já que o acesso só é possível via aérea
e fluvial.
UM ATO DE
CORAGEM
No Norte do
país, sol e chuva são mais que aliados, são parte do cronograma de qualquer
execução de obra e nos municípios “isolados” da Amazônia, os rios são vias para
o desenvolvimento.
A cheia dos
rios chega a ser contraditória no cenário amazônico. O mesmo manancial que
transborda, invade moradias, desabriga famílias e torna-se via para transporte
de insumos que melhoram a qualidade de vida de milhares de pessoas.
Contudo, as
dificuldades impostas pelas limitações de acesso não impedem que o Executivo
Estadual invista aproximadamente R$ 5,3 milhões e se faça presente levando
políticas públicas que visam o desenvolvimento social e econômico.
Com esse
propósito, o Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (DEPASA) está
enviando ao longo de todo período de enchente balsas, carregadas com insumos,
partindo de Cruzeiro do Sul para Marechal Thaumaturgo.
As embarcações
transportam mais de 850 (oitocentos e cinquenta) toneladas de cimento,
maquinário e ferros que serão utilizados na infraestrutura das ruas do
município.
São dias de
navegação cruzando o encontro de águas dos rios Juruá e Môa, sob sol intenso e
chuva, passando pelas cidades de Rodrigues Alves, Porto Walter e diversas
comunidades ribeirinhas.
“Decidir
levar saneamento integrado às cabeceiras dos rios é ato de coragem. Não basta
ter os recursos. É preciso conhecer cada curva de rio, seus humores. Conhecer
os profissionais do transporte fluvial e suas embarcações” pontua o
diretor-presidente do DEPASA, Edvaldo Magalhães. Completa ainda: “Para cada
insumo, uma decisão no tempo certo. E contar com a sorte e o bom humor da
natureza em tempos de mudanças climáticas. Uma epopeia. Que bom estarmos
vencendo esses desafio”.
O PROGRESSO
TRAZIDO PELAS ÁGUAS
O período de
chuvas é propício para a navegação de grandes embarcações. No porto de Cruzeiro
do Sul, dezenas de balsas podem ser avistadas aportando para carregar e
descarregar diversos produtos. Mas, sem dúvida, as embarcações que chamam mais
atenção são as que transportam insumos e máquinas.
Ao se
avistar uma dessas, sabe-se que em alguma margem daqueles rios o verão trará
melhores condições de vida para a população.
Esta era a
sensação que muitos munícipes locais sentem ao ver aportar no Terminal de
Transbordo do Município as embarcações com itens que serão utilizados na
pavimentação de ruas.
Mesmo com o
rio cheio, as embarcações seguem um ritmo lento por conta do peso próprio
associado ao peso que transporta e seu tamanho.
A RESPONSABILIDADE DE TRANSPORTAR NA AMAZÔNIA
É desafiador
vencer as barreiras de isolamento na Amazônia, mas um governo precisa estar
presente independentemente de onde está seu povo. Seja nas cidades, comunidades
ribeirinhas ou aldeias mais longínquas, o Estado é presente e parceiro, levando
desenvolvimento, respeitando as tradições e elevando a qualidade de vida de
quem faz do Acre um estado em plena ascensão.
Elissandro
Gomes, comandante da balsa que transportava os insumos, conta que aprendeu a
pilotar ainda jovem, com os familiares, e revela que, mesmo com o rio cheio, há
dificuldades. “O rio para cá é muito difícil de navegar. A distância que a
gente sempre faz é de quatro a cinco dias (de Cruzeiro do Sul a Marechal
Thaumaturgo), dependendo das condições do rio.”
Ele destaca
ainda que é preciso manter a atenção redobrada durante todo o trajeto. Seguir
viagem à noite também não é seguro, especificamente no trajeto de Marechal
Thaumaturgo, onde pedras submersas no rio são um risco iminente.
O TEMPO COMO ALIADO
Com boa
parte dos insumos, maquinários e demais equipamentos em solo thaumaturguense, o
cronograma segue para o início das obras, que são programadas para o período do
verão amazônico, que geralmente começa no segundo trimestre do ano.
“Falta pouco
para garantir, no inverno, o necessário para produzir no verão. O governador
Tião gosta de superar desafios. Por isso essa grande aposta”, conclui o
diretor-presidente do DEPASA, Edvaldo Magalhães.
Segue abaixo o
registro fotográfico dos transporte de insumos, maquinários e demais
equipamentos das Obras do PROSER em Marechal Thaumaturgo:
Por: Cleudon França.
Informações e Registro Fotográfico: Agências de
Noticias do Acre.
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