“O mundo
precisa dos seus exemplos,
da sua ação, da sua luta. O
mundo precisa de pessoas como você e eu para inspirar profundamente, mudar de direção e, enfim, respirar”.
Existem momentos em que dói viver neste mundo,
em que os interesses pessoais, os benefícios financeiros, a maldade e o egoísmo
parecem ganhar sempre a batalha. Nestas situações, precisamos de bons exemplos.
Geralmente a decepção e o desconsolo que isso nos
gera nos fazem acreditar que as pessoas boas sumiram e que as poucas que
existem não conseguirão fazer nada que seja realmente significativo.
No entanto, as pessoas boas são as que mantêm
o mundo em equilíbrio, completando o quebra-cabeças com sua
sinceridade, sua honestidade, seus bons exemplos e boas ações. Todas aquelas
pessoas merecedoras por alguma razão do adjetivo “boas” representam aquilo que
gostamos de ter como exemplo. As demais, simplesmente, nos parecem
insuportáveis.
Há imagens que doem, que nos fazem mal e que inquietam nossa alma.
Ainda que sejamos capazes de fechar os olhos, a dor alheia sempre nos
atormentará. Há casos em que a injustiça nos esbofeteia como uma explosão de
vergonha.
Infelizmente, muitas coisas que hoje nos fazem
sofrer, amanhã vamos esquecer. Que sirva como exemplo perfeito a foto que
ilustra essas palavras, a foto da desgraça, da vergonha e do sofrimento.
Graças à internet, abrimos os olhos e sabemos que os
fios que nos movem são muito mais cruéis do que podemos tolerar. Provavelmente, essas mesmas palavras e imagens doem e incomodam, mas a
desgraça na internet se torna viral tão rápido quanto é esquecida.
Quando algo nos toca e nos atinge, todos opinamos:
no entanto, depois, se colocarmos na balança nossas
ações e nossas intenções, as últimas saem ganhando. Temos medo
dessas ideias que estão ceifando vidas e temos verdadeiro pavor que os
interesses que movem o mundo sejam maiores que nossa união.
Nossas emoções buscam ter um impacto num mundo que
nos dá medo. Ainda assim, mesmo que as palavras sejam levadas pelo vento, não há furacão que leve os sentimentos. Podem se
atenuar, mas sempre permanecerão conosco, impedindo nossa indiferença.
A angústia pela maldade ainda é grande em nós e,
como consequência, temos conseguido tolerar a impotência. Mas não estamos
programados para ficar sentados em nosso sofá dia após dia.
Talvez tenhamos ficado presos numa espiral que nos
faz criar sentimentos vazios. No entanto, eu ainda creio no ser humano, ainda confio que somos capazes de acreditar, de sentir e de agir de
acordo.
Temos uma grande habilidade para nos justificar
através das palavras. Para dar nossa opinião, costumamos encher de sentido uma
frase, mas logo em seguida, o medo ganha a batalha sobre a ação.
Diante das injustiças, não podemos nos proteger em
quatro frases que mascarem nossa frustração. Temos que completar nossas
opiniões e não fechar os olhos, temos que nos perdoar e começar a agir.
Com nossa falta de ação, estamos tendo nossa
consciência manchada de sangue, a injustiça brilha tanto que
consegue nos cegar. Não permitamos que isso seja apenas
passageiro; podemos combater quem cria a desgraça. Se atuamos, podemos exibir
exemplos ao invés de opiniões.
O fato de que ele já estava aqui quando nascemos e
de que o sol continuará nascendo quando morrermos não quer dizer que não
sejamos responsáveis pelo que acontece.
Crianças morrendo de fome. Famílias de refugiados
destroçadas. Mulheres violadas. Soldados assassinados. Pessoas com seus mesmos cromossomos escravizadas, costurando sua roupa.
Animais torturados. Natureza devastada. Governos, ricos e máfias brincando com
você, criando necessidades, encobrindo interesses e saindo impunes.
Que nossas ações e
exemplo sejam maiores e mais significantes que nossas opiniões! Uma ótima
semana a todos!
@ Cleudon
França
Nenhum comentário:
Postar um comentário