“Não quero que o
tempo volte, nem que as lembranças boas se repitam, só quero novas histórias,
melhores e maiores”.
O Tempo... (Foto Tirada na Comunidade Pedra Pintada em 2010) |
Levanto cedo, tomo meu café da manhã e vou à
procura da chave para abrir a porta. Quase sempre nunca sei em que lugar a
deixei.
O tempo passa e as memórias vão ficando cada
vez mais curtas. Chave, o cartão, o celular… Já
as coisas boas e os momentos maravilhosos que a vida tem proporcionado fica
quase impossível recordar.
Meu Deus! Será a tal da crise dos vinte e
tantos? Mais ora, eu sou novo. Não há motivos para
tanta pressão em relembrar as coisas, não é?
Ainda consigo lembrar-me dos meus sete anos
de idade. Uma criança magrinha como um pão baguete, com os cabelos soltos
esvoaçantes correndo contra ao vento.
Não havia motivos para tal ação, era quase
sempre involuntário, a não ser quando era para se esquivar de um chinelo
voador, ou de uma surra por algo errado que havia feito.
Era uma felicidade imensa em correr e sorrir
sem motivo. Mas hoje a correria é diferente. Corremos para chegar a algum
lugar, porque o tempo não perdoa e não espera, assim como as pessoas. A
tolerância aqui é quase nula, e talvez, a bateria de um celular dure mais que a
paciência das pessoas.
Mas, por enquanto, o passado se faz presente.
Só não sei por quanto tempo.
Todos os dias novas doenças são descobertas,
e é o Alzheimer me assusta. Mas quanto mais tenho medo de esquecer das
maravilhas vividas e conquistadas, mais perto do esquecimento eu fico.
Quem dera eu pudesse inventar uma máquina do
tempo. Voltar ao passado e relembrar pequenas alegrias.
Quem dera viver sem temer o esquecimento
do amanhã.
Quem dera!
Aos amigos e leitores... Um ótimo final semana!
BY CLEUDON FRANÇA.
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