“O Prêmio Equador procura “soluções inovadoras
sobre o clima, o ambiente e os desafios de pobreza”.
Povo Ashaninka do Rio Amônia - Aldeia Apiwtxa |
A Aldeia Apiwtxa do Povo Indígena
Ashaninka do Rio Amônia (Município de Marechal Thaumaturgo – Acre) completa 25
anos em 2017. Recebe como presente o Prêmio Equador, emitido pelo Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento. A solenidade de premiação acontece no
próximo dia 17 de Setembro do ano em curso no Teatro Town Hall em Manhattan, em
Nova York – Estados Unidos.
O Prêmio Equador procura
“soluções inovadoras sobre o clima, o ambiente e os desafios de pobreza”,
conforme apresenta o site promocional.
“O histórico de luta da Apiwtxa
nos credencia a ganhar este prêmio que é muito reconhecido no mundo inteiro”,
justifica o líder Ashaninka Francisco Piyãko. No último dia 24 de junho, a
terra indígena Ashaninka completou 25 anos de demarcação de suas terras.
Durante todo esse tempo, a
comunidade estabeleceu relações políticas e econômicas com governos, empresas e
fundações no Brasil e em outros países, sobretudo da Europa. Nem sempre há
harmonia. A Apiwtxa já entrou em conflito com grandes empresas de cosméticos
por entender que a indústria estava se apropriando indevidamente dos
conhecimentos dos povos da floresta.
A Aldeia Apwitxa reúne mais de
mil indígenas divididas em várias comunidades. A gestão de uma aldeia em uma
região isolada às margens do Rio Amônia, no município de Marechal Thaumaturgo,
traz desafios não só na relação com empresas, mas também com os governos
locais.
O último problema enfrentado pela
comunidade expõe a falha na execução de política em saúde indígena. A ausência
de agentes de saúde proporcionam problemas como a suposta prática de eugenia,
negada pelas principais lideranças indígenas. “Isso não faz parte da nossa
cultura”, rebate Francisco Piyãko em declaração feita na semana passada.
Outro problema enfrentado pela
comunidade da Aldeia Apiwtxa guarda relação com os vizinhos. Ashaninkas que
vivem em território peruano sofrem com a extração ilegal de madeira. Combater
esse problema do lado peruano sempre encontra a solidariedade dos integrantes
Ashaninkas da Apiwtxa. A situação é conhecida das autoridades brasileiras e já
ganhou repercussão mundial.
É a resistência a essa série de
problemas buscando respeitar a ideia de “sustentabilidade” que justifica a
premiação da ONU. “Somos defensores da floresta e de nossas vidas com costumes
e tradições”, ensina Piyãko. “Lutamos pela diversidade sustentada da floresta”.
Por: Cleudon
França.
Por: Site Juruá
Em Tempo e Página Equator Initiative
Registro Fotográfico: Redes Sociais e Arquivo Pessoal.
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