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RENATO BEZERRA MOTA - O DESBRAVADOR DA ULTIMA FRONTEIRA BRASILEIRA |
Chegamos ao nosso Terceiro Artigo sobre
as grandes personalidades Thaumaturguenses do passado e do presente – de ontem
e de hoje! E esse terceiro artigo faz uma homenagem ao Desbravador que se
apaixonou pelo fim do mundo: Renato Bezerra Mota.
Um homem que trouxe às primeiras luzes
da justiça as terras do antigo e saudoso Seringal Minas Gerais (hoje município
de Marechal Thaumaturgo). Veio para trabalhar como Delegado de Polícia no lugar
que hoje conhecemos como Vila Foz do Breu - a ultima fronteira brasileira.
Seu Renato Mota conhece bem esse recanto
de Acre e de Brasil. Sua vida na Foz do Breu – no inicio, não foi fácil. Muitas
doenças... Falta de comunicação, falta de transporte, falta de equipe médica,
falta de quase tudo.
Visitou o local de peregrinação Nova
Olinda por duas vezes, enfrentou diligência no meio da mata, entrou em contato
com quase todas as tribos indígenas da região, fez-se de enfermeiro para suprir
a falta de médico na região.
Hoje, já aposentado, tem uma Coleção de
Facas que chama a atenção de muitos turistas e munícipes locais, assim como
também uma coleção de Fosseis pré-históricos de dar inveja a muitos
pesquisadores nacionais e internacionais.
Como mencionado nos artigos anteriores
da série, a intenção desses artigos não é fazer uma biografia dos nossos
homenageados. A intenção é falar do ser lado humano, de seus feitos e de suas
contribuições para a municipalidade que vivemos.
Se aventuremos então na história do
homenageado desse artigo, seu Renato Mota: A Luz na Foz do Breu... O Justiceiro
da ultima fronteira brasileira! Uma personalidade Thaumaturguense de Ontem, de
Hoje e de sempre!
RENATO BEZERRA
MOTA: O DESBRAVADOR DO FIM DO MUNDO.
“Ele não nasceu nas terras do antigo Seringal Minas Gerais...
Já as conheceu como Villa Thaumaturgo. E depois de mais de trinta anos
residindo em solo thaumaturguense, não há como qualifica-lo como uma das
Grandes Personalidades da nossa jovem Municipalidade”!
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RENATO MOTA COM SUA COLEÇÃO DE FÓSSEIS DE ANIMAIS PRÉ-HISTÓRICOS |
Um homem atarracado –
de traços firmes, voz bem explicita e a alma cheia de predisposição heroica,
subiu intrépido os Rios do Alto Juruá. Subiu o Rio Juruá, subiu o Rio Amônia,
Subiu o Rio Tejo, enveredou pelo Rio Machadinho, por Igarapés e depois dessas
andanças, ou melhor “naveganças”, estacionou no fim do mundo, aonde se tinha apenas 05 (cinco) casas
no lugar que hoje se chama Villa Foz do Breu.
Lá, foi estabelecer a
ordem, mas ele viu que a ordem já estava estabelecida. Era o xerife do mundo
que encontrou um lugarejo fantasma, um recanto do Brasil abandonado, esquecido.
Como não tinha quem prender, foi cuidar dos doentes, levando alívio as dores da
gente do lugar. O “tira” virou enfermeiro. A delegacia hospital.
O protetor dos
pobres, dos ribeirinhos, dos seringueiros, dos índios, dos colonos, pedia
remédios dos padres em Cruzeiro do Sul para distribuir naqueles confins. O
medicamento vinha da Alemanha e ele tinha a manha de administrar.
O nome dele é Renato
Bezerra Mota, e, sem ser um paleontológico, possui fósseis pré-históricos de
dar inveja a muitos pesquisadores nacionais e estrangeiros; sem ser um exímio
manejador de facas, possui uma invejável coleção de facas que atrai, amiúdes,
curiosos e turistas.
E, depois de quase
quatro décadas embrenhado pelas matas amazônicas, na fronteira peruana, Renato
Mota, que pendurou as chuteiras, preferiu fincar raízes por onde trabalhou e
agora, senta na praça na a beira de um barranco, onde o Juruá se encontra com o
Amônia e fez brotar uma linda cidade.
Assim, por tudo que
fez e viveu em seus mais de 30 (trinta) anos nesse recanto tão querido e amado
de Brasil, Renato Mota Bezerra – um observador privilegiado da história de
emancipação de Marechal Thaumaturgo; é umas das grandes personalidades
thaumaturguense do passado e do presente, de ontem, de hoje e de sempre!
Por: Cleudon França.
Registro Fotográfico: Cleudon França.
Fonte da Pesquisa: Livro Brava Gente Acreana - Volume I.
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