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MÚSICAS E DANÇAS TRADICIONAIS |
Em
clima de muita festa, alegria, paz e confraternização a Aldeia Apwtxa (maior aldeia indigena de Marechal Thaumaturgo) endereçada
no Rio Amônia – do povo indigena Ashaninka do Rio Amônia; comemorou na ultima semana (dia 22 ao dia 25 de junho) o 24º aniversário de demarcação de suas terras.
Falar
dessa grande festa, desse momento únicoé falar de sentimentos, de lembranças... É
falar de tudo que o coração sentiu e os olhos viram. E como participante desse momento,
digo que, o que ouvi, vi e vivi, ao longo de tantos anos acompanhando essa
grande celebração; que há por lá uma força transformadora. Uma reunião de
espirítos, mentes, saberes e fazeres cooperando para mudar o que não anda bem
nesse mundo. Todos juntos atuando para transformar a exclusão, o preconceito, a
violência, e a ignorância; para transformar um projeto de sociedade que
concentra recursos e renda nas mãos de poucos e que promove uma brutal
exploração economica e destruição da terra, em um mundo sustentavel,
respeitoso, fraterno, solidário e sustentavel de viver e de conviver.
Foi uma festa, rodeada de emoção, alegria, cores,
músicas e danças que celebravam 24 anos de uma conquista histórica para um povo
guerreiro que tem a natureza como o seu ideal de vida, que teve suas
primeiras raízes fixadas por Samuel Piyanko e continuam hoje na luta dos filhos
de seu Antônio e Dona Pity.
A grande celebração contou com apresença de
vários outros indigenas de etnias do proprio municipio, de municipios vizinhos,
e até de outros estados e países. Contou também com a participação de vários
moradores do Rio Amônia, Rio Juruá, Rio Tejo, Rio Bajé e também da sede do
municipio.
Das muitas atividades
esportivas e culturais realizadas estiveram: Torneio de
Futebol (categoria masculina e feminina), corrida e competição de arco e
flecha, esta disputada na categoria infantil e adulta, a qual também foi aberta
ao publico não índio.
Todas as atividades se realizaram
no mais perfeito clima de harmonia e confraternização;
desde os jogos de futebol até a competição de arco e flecha, onde os
participantes não se preocupavam em perder ou ganhar e sim celebrar o momento.
Já encerrando a grande celebração, um dos
momentos mais marcantes dos quatro dias de festa foi a fala dos guerreiros
Ashaninkas descedentes de Samuel Piyanko, filhos de
Antônio Piyanko e Dona Pity; os quais falaram da importancia daquele momento e
a quem a ele devia: seu avós e seus pais. Falaram de confraternização, da união de povos e sobretudo do respeito a
mãe natrureza.
Quando um dos filhos de seu Antônio e Dona Pity
falou que o casamento entre sua mãe (uma branca) e seu pai (um índio) foi não
só casamento entre um homem e uma mulher mais sim um casamento entre dois povos
(o branco e o índio), levou a todos os presentes a refletirem nas sábias
palavras.
Desde os tempos primódios que o preconceito do
“branco” com o indio é e continua sendo muito grande. Porém Marechal
Thaumaturgo através do Povo Ashaninka mudou essa história fazendo com que ambos se respeitem como irmãos e ser
humano e foi isso que presenciamos e vivemos nos quatro dias de festas.
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CORES E ALEGRIA |
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CAIÇUMA - BEBIDA INDIGENA |
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TORNEIO DE ARCO E FLECHA |
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TORNEIO DE ARCO E FLECHA PARA CRIANÇAS |
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TORNEIO DE ARCO E FLECHA PARA ADULTOS |
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TORNEIO DE ARCO E FLECHA |
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TORNEIO DE ARCO E FLECHA PARA CRIANÇAS |
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CABO DE GUERRA PARA OS HOMENS |
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CRIANÇAS NO TORNEIO DE ARCO E FLECHA |
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BENKI PIYANKO - DONA PÍTY E SEU ANTÔNIO |
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VISTA AÉREA DA ALDEIA APIWTXA |
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VISTA AÉREA DA ALDEIA APIWTXA |
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HORA DE CELEBRAR |
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ASHANINKAS... |
POR:
CLEUDON FRANÇA.
REGISTRO
FOTOGRÁFICO: ARQUIVO PESSOAL CLEUDON
FRANÇA.
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