“A cicatriz não curou. Esse
duelo não é para fracos. Empresto-te minha dor. Cansei desse sorriso forçado...
Estou desistindo”!
Partir
talvez seja uma das maiores e mais difíceis decisões da vida, e a única coisa
pior do que partir, é partir querendo ficar. Sempre ouvi: quem ama não desiste,
e confesso amigo leitor que por um bom tempo me agarrei a esta afirmação
incondicional.
Mudam-se
os tempos, muda-se a percepção, e você se vê obrigado a se despedir, não porque
não queira ficar, mas porque não tem espaço. Como diria Nina Simone: “Você tem
de aprender a sair da mesa quando o amor já não está sendo servido”. A gente
não desiste do que ama, dos sonhos a dois, das viagens inesquecíveis, dos filhos
no futuro, do sentimento em si.
A
gente desiste do que dói, e não de uma mera dor trivial ou simplória, mas a dor
da indiferença, a gente desiste de dar e não ser enxergado, de amar e não ser
amado, a gente desiste de ser trocado no fim de semana que mais precisamos de
conforto, a gente desiste de chorar sem ter o consolo.
Em
suma ninguém desiste do amor, mas desistimos de mantê-lo onde não é cuidado.
Quem desiste não é fraco, quem desiste é humano. Dizer não a um amor às vezes é
dizer “sim” a si mesmo. Às vezes matamos o amor, mas em legítima defesa.
A
todos os amigos e leitores do blog, um ótimo e abençoado fim de semana!
Por:
Cleudon França.
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