É
na gestão de um aguerrido e determinado índio ashaninka, vindo da lá das
cabeceiras do Rio Amônia (Aldeia Apiwtxa), que o município de Marechal
Thaumaturgo está vivendo um novo e notável capitulo de sua centenária história
territorial e de a sua história recente de emancipação política e
administrativa.
Chegar
ao posto máximo da gestão pública municipal não foi nada fácil para o primeiro
prefeito indígena de nossa municipalidade e de nossa unidade federativa – Isaac
Piyãko. Em sua primeira eleição, assim como a segunda, sofreu inúmeras
manifestações e atos racistas, pelo fato de ser indígena. Foi eleito! Fez
história! Enfrentou um sistema, trabalhou, trabalhou muito!
Nas
eleições municipais de 2020, colocou novamente o seu nome para pleitear uma
vaga no Executivo Municipal, agora por uma nova sigla partidária. Enfrentou
todos os ex-prefeitos do município, forçou a união siglas e corrente
ideológicas políticas que sempre rivalizaram pelo poder local.... Venceu
novamente! Mais uma vez colocou seu nome a história deste município; quando
muitos davam por impossível a reeleição de prefeito; porém o povo
thaumaturguense, reconhecendo o trabalho prestado, lhe reconduziu novamente ao
posto máximo da gestão municipal.
Um
professor indígena que deixa a cada dia que passa seu nome cravado na história
de nossa municipalidade! Deixa um legado incomparável de boas ações,
benfeitorias e políticas públicas, nas mais diversas áreas, que beneficiam e
impactam diretamente a vida dos munícipes thaumaturguense residentes na cidade
e no interior.
Mas
qual o segredo do sucesso? Há uma varinha de condão? Não, com certeza não! Não
há milagres e nem muito menos magia; o que há é muito trabalho, acompanhando
sempre de muito planeamento de ações estratégicas. Há dedicação, compromisso,
responsabilidade, serenidade, transparência e correta aplicação dos recursos
públicos.
Um
gestor que é símbolo de luta, de resistência, de reconhecimento e também de
inspiração, pois o que vimos, no último dia 19/04, foi um sentimento mútuo de
orgulho em ser índio manifestado por outros originários do município
(Kaxinawás, Kuntanawas, Jaminawás, Apolimas e Ashaninkas); que dantes não
víamos, e que agora aflora no coração e nos sentimentos de muitos indígenas
pela representação do gestor maior do município ser também indígena.
O fato é que Marechal Thaumaturgo tem muito a comemorar nessa data (19 de abril) que celebra os legítimos brasileiros, seja por direito histórico, de território ou de sangue! A história há de se lembrar e registrar um antes e um depois da incomparável gestão de seu PRIMEIRO PREFEITO INDÍGENA, ISAAC DA SILVA PIYÃKO, da etnia indígena Ashaninka do Rio Amônia (Aldeia Apiwtxa).
Por
/ Photos: Cleudon França / ASSECOM / PMMTH.
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